quarta-feira, 18 de julho de 2012

A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS 4



Fábio José Lourenço Bezerra
                Conforme visto no nosso texto anterior, intitulado A Pluralidade dos Mundos Habitados 3,  neste blog, a existência de planetas localizados nas zonas habitáveis de suas estrelas são calculados em bilhões, só na nossa galáxia. Zona habitável é aquela região em torno da estrela que fica à uma distância na qual os níveis de radiação permitem a existência de água em estado líquido e a temperatura adequada, que permitem o surgimento e a manutenção da vida no planeta, tomando-se por base as formas de vida que conhecemos em nosso mundo.
                Na medida em que o homem sonda o espaço, com instrumentos cada vez mais precisos e sofisticados, ele chega à conclusão de que a vida é abundante no Universo.

           Conforme artigo do site Inovação tecnológica, de título: “Vida pode estar espalhada pelo Universo”, publicado em 18/01/2008, nos diz:

Um grupo de astrônomos dos Estados Unidos acaba de descobrir sinais de moléculas orgânicas altamente complexas no disco de poeira em volta de uma estrela distante.

Formação dos planetas

Como a estrela HR 4796A, de apenas oito milhões de anos, está nos estágios finais da formação de planetas, a descoberta sugere que os blocos básicos da vida podem ser comuns nos sistemas planetários.
Em trabalho publicado no Astrophysical Journal Letters, John Debes e Alycia Weinberger, do Instituto Carnegie, e Glenn Schneider, da Universidade do Arizona, descrevem observações feitas por infravermelho da HR 4796A a partir de um espectrômetro do telescópio espacial Hubble.

Tolinas

Os cientistas verificaram que o espectro de luz visível e infravermelha promovido pela poeira da estrela era muito avermelhado, coloração produzida por grandes moléculas orgânicas chamadas de tolinas. De acordo com o estudo, o espectro não se assemelha com o de outras substâncias vermelhas, como o óxido de ferro.
As tolinas não se formam naturalmente hoje em dia na Terra, porque o oxigênio da atmosfera as destruiria rapidamente, mas estima-se que elas teriam existido há bilhões de anos, nos primórdios do planeta, e que teriam sido precursoras das biomoléculas que formam os organismos terrestres.
Tolinas já foram detectadas no Sistema Solar, em cometas e em Titã, sendo responsáveis pelo tom vermelho da lua de Saturno. O novo estudo é o primeiro a identificar essas grandes moléculas orgânicas fora do Sistema Solar.

Transporte de moléculas orgânicas

A HR 4796A encontra-se a 220 anos-luz da Terra na constelação do Centauro e é visível principalmente a partir do hemisfério Sul terrestre. O disco de poeira em volta da estrela foi formado a partir das colisões de pequenos corpos celestes, semelhantes a cometas ou asteróides do Sistema Solar.
Segundo o estudo agora publicado, esses corpos podem transportar as moléculas orgânicas para qualquer planeta que esteja no sistema da HR 4796A.
"Astrônomos estão começando a olhar para planetas em torno de estrelas diferentes do Sol. A HR 4796A tem massa duas vezes maior e é 20 vezes mais luminosa", disse Debes. "Estudar esse sistema fornece pistas para que possamos entender as diferentes condições por meio das quais os planetas se formaram e, talvez, sob as quais a vida pode evoluir."
                
         Em outro artigo, do mesmo site, é comentada a descoberta de moléculas orgânicas super complexas no espaço. Vejamos o artigo:


Moléculas orgânicas super complexas são encontradas no espaço

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2010

Moléculas como o antraceno são prebióticas, o que significa que, quando elas são submetidas à radiação ultravioleta e combinadas com água e amônia, podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o desenvolvimento da vida.
Moléculas orgânicas no espaço

Cientistas conseguiram identificar uma das moléculas orgânicas mais complexas já encontradas no material entre as estrelas, o chamado meio interestelar.
A descoberta do antraceno no espaço profundo pode ajudar a resolver um mistério astrofísico que desafia os cientistas há décadas - como as moléculas orgânicas podem surgir no espaço.
O antraceno é uma molécula formada por três anéis hexagonais de carbono, circundados por átomos de hidrogênio.
A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas do Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Química pré-biótica

"Nós detectamos a presença de moléculas de antraceno em uma nuvem densa na direção da estrela Cernis 52, na constelação de Perseu, a cerca de 700 anos-luz do Sol," conta Susana Iglesias Groth, coordenadora do estudo.
Segundo Susana, o próximo passo é investigar a presença de aminoácidos no meio interestelar.
Moléculas como o antraceno são pré-bióticas, o que significa que, quando elas são submetidas à radiação ultravioleta e combinadas com água e amônia, podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o desenvolvimento da vida.
"Dois anos atrás", conta a pesquisadora, "encontramos a prova da existência de uma outra molécula orgânica, o naftaleno, no mesmo lugar. Então tudo indica que nós descobrimos uma região de formação estelar rica em química pré-biótica."

Anti-inflamatório

A nova descoberta sugere que uma boa parte dos componentes-chave na química pré-biótica terrestre podem estar presentes na matéria interestelar.

Até agora, o antraceno havia sido detectado apenas em meteoritos - nunca no meio interestelar.
Formas oxidadas dessa molécula são comuns em sistemas vivos e são bioquimicamente ativas. Na Terra, o antraceno oxidado é um componente básico da planta aloé, com propriedades anti-inflamatórias.

Bandas espectrais

Desde a década de 1980, centenas de bandas encontradas no espectro do meio interestelar - conhecidas como bandas espectrais difusas - têm sido associadas com a matéria interestelar, mas sua origem não havia sido identificada até agora.
A nova descoberta indica que elas podem se originar de formas moleculares baseadas em antraceno ou em naftaleno. Como elas estão largamente distribuídas no espaço interestelar, podem ter desempenhado um papel fundamental na produção de muitas das moléculas orgânicas presentes no momento da formação, por exemplo, do Sistema Solar.

         Na questão Nº 56 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “É a mesma a constituição física dos diferentes globos?”
         Resposta: “Não; de modo algum se assemelham.”
         
           Na questão Nº 57, temos: “Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que o habitam?”
           Resposta: “Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viverem na água e os pássaros no ar.”

         Os Espíritos, assim, nos dizem que a vida existe sob diversas formas, adaptadas aos seus diferentes mundos. Imaginemos, então, a variedade da vida em outros Universos, cuja possibilidade de existência já é admitida por alguns cientistas? (Ver o texto "A Pluralidade dos Mundos Habitados 1", neste blog) A resposta do Espírito Superior, acima, está de acordo com recentes descobertas acerca de formas de vida que podem diferir bastante da que conhecemos em nosso mundo.

Vejamos abaixo outro artigo do site Inovação tecnológica, de título:“Bactéria ‘alienígena’ da NASA foi encontrada em lago na Califórnia”,publicado em 02/12/2010, que transcrevemos em parte, devido à sua extensão:

A NASA acaba de anunciar os resultados de um estudo que pode ter descoberto, na Terra, uma bactéria que, para sobreviver, não depende dos elementos químicos tradicionalmente associados à vida - e isto apontaria para a possibilidade de formas de vida no espaço diferentes da vida que conhecemos na Terra.

Busca por vida extraterrestre

Foram dias de intensas especulações depois que a NASA anunciou, no dia 29 de Novembro, que faria uma conferência hoje "para discutir uma descoberta em astrobiologia que irá impactar a busca por evidências de vida extraterrestre".

Quem leu com atenção e se fixou apenas nos termos usados pela agência espacial não alimentou muitas expectativas - a NASA falava em impactar a busca por vida, e não sobre a localização de vida extraterrestre.

Além disso, nenhum dos cientistas que estarão presentes na conferência que acontecerá daqui a pouco tem ligação com qualquer projeto em andamento que pudesse ter colhido evidências diretas de vida extraterrestre.
A imprensa já havia recebido o material com antecedência, sob a condição de não publicá-lo antes das 19h00 (horário de Brasília). Mas um site holandês quebrou o chamado "embargo" e a revista Science autorizou a publicação antecipada da notícia.
A expectativa pode ter ofuscado um pouco o brilho do achado - mas é um achado importante e, se confirmado por outros experimentos e por outros cientistas, expande o conceito de vida, ao menos nas condições necessárias para mantê-la.

Química da vida

Os livros-texto afirmam que a química da vida é muito específica, requerendo sempre seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Qualquer alteração além desse grupo muda a reatividade e a estabilidade molecular, e a vida não se sustenta.
O elemento fósforo normalmente está presente na forma de um fosfato inorgânico.
Agora, Felisa Wolfe-Simon e seus colegas descobriram uma bactéria, chamada GFAJ-1, no salgado Lago Mono, na Califórnia, que parece substituir o fosfato por arsênio, ou arsênico, o elemento químico de número atômico 33 e símbolo As.
Ocorre que o arsênio é fortemente tóxico para os seres vivos. Embora quimicamente ele se comporte de forma similar ao fosfato, ele quebra as rotas metabólicas que sustentam a vida.
Não é a primeira vez que cientistas encontram organismos que alteram quimicamente o arsênio. Organismos assim já foram associados a eventos de intoxicação na Ásia, sobretudo em Bangladesh, quando a população começou a usar água de cisternas para tentar evitar o cólera.
Mas os dados coletados neste novo estudo parecem demonstrar que a bactéria GFAJ-1 substitui o fosfato por arsênio de tal forma que ela até mesmo incorpora o arsênio em seu DNA. O microrganismo é uma proteobactéria, da família Halomonadaceae.

No laboratório, os pesquisadores cultivaram a bactéria em discos de Petri nos quais o fosfato foi gradualmente substituído pelo arsênio, até que a bactéria crescesse sem necessidade de fosfato, um composto essencial para várias macromoléculas presentes em todas as células, incluindo os ácidos nucleicos, os lipídios e as proteínas.
Usando radioisótopos como marcadores, a equipe seguiu o caminho do arsênio na bactéria, desde a sua assimilação química até sua incorporação em vários componentes celulares. Segundo suas conclusões, o arsênio substituiu completamente o fosfato nas moléculas da bactéria, inclusive no seu DNA.

E a vida extraterrestre?

E o que tem tudo isso a ver com a busca por sinais de vida extraterrestre?
Ora, se um elemento tóxico como o arsênio pode substituir o fósforo em uma bactéria, isso expande a busca por formas de vida fora da Terra - até agora, encontrar arsênio em um alvo promissor para a existência de vida extraterrestre poderia fazer com que os cientistas descartassem o sítio onde o elemento foi localizado, por exemplo.
E, mais importante, se há uma substituição de fosfato por arsênio, é possível que ocorram outras substituições, abrindo ainda mais o leque de possibilidades.
"A vida como nós a conhecemos exige elementos químicos específicos e exclui outros. Um dos princípios-guia da busca por vida em outros planetas é que nós devemos 'seguir os elementos'," diz Ariel Anbar, membro da equipe de astrobiologia da NASA e coautor do novo estudo. "O trabalho de Felisa nos ensina que devemos pensar melhor sobre quais elementos seguir."
Para Wolfe-Simon, nossa relação com a busca por formas de vida, em vez de se basear na tão falada "diversidade da vida", na verdade assume que toda a vida na Terra é essencialmente idêntica, sempre baseada nas "constantes da biologia, especificamente que a vida exige os seis elementos CHNOPS montados em três componentes: DNA, proteínas e lipídios."
CHNOPS são os símbolos químicos dos elementos carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre.
Uma parte do grupo já havida levantado anteriormente a hipótese de "formas estranhas" de vida aqui mesmo na Terra, que poderiam existir em uma espécie de "biosfera-sombra". Eles publicaram em Janeiro de 2009 um artigo chamado "Será que a natureza também escolheria o arsênio?"

Forma alienígena de vida

Davies está mais entusiasmado, embora destaque que, apesar de tudo, a bactéria ainda é uma forma de vida da Terra.
"Este organismo tem uma capacidade dupla. Ele pode crescer tanto com fósforo quanto com arsênio. Isto o torna peculiar, mais ainda longe de ser alguma forma verdadeiramente 'alienígena' de vida, pertencente a uma outra árvore da vida, com uma origem distinta. Entretanto, a GFAJ-1 pode ser um indicador para organismos ainda mais esquisitos. O cálice sagrado será um micróbio que não contenha fósforo de jeito nenhum," disse o cientista.

Davies prevê que o novo organismo "é seguramente a ponta do icebergue, com potencial para abrir um domínio totalmente novo na microbiologia."

E, certamente, não são apenas os cientistas que se interessam pela descoberta.
"Nossa descoberta é uma lembrança de que a vida como nós a conhecemos pode ser muito mais flexível do que nós geralmente assumimos ou mesmo que podemos imaginar," afirmou Wolfe-Simon.
"Esta história não é sobre arsênio ou sobre o Lago Mono," diz ela. "Se alguma coisa aqui na Terra faz algo tão inesperado, o que poderá fazer a vida que nós ainda não conhecemos? 
Este é o momento de descobrir.
         
       E este outro artigo, intitulado “Cientista imagina forma de vida alienígena”, publicado em 09/07/2012:

Vida nas luas de Saturno

Uma cientista britânica divulgou desenhos de como ela imagina seres alienígenas que poderiam ter-se desenvolvido em um mundo com as características de Titã, uma das luas de Saturno.
Recentemente, a sonda espacial Cassini encontrou sinais de um oceano em Titã, que possui também uma estrutura similar à de um lago africano.
Mas os chamados "ingredientes da vida" foram encontrados em Encélado, outra lua de Saturno.
Há algum tempo os especialistas discutem a existência de vidas exóticas no espaço, diferentes de vida que conhecemos aqui na Terra.

Águas-vivas voadoras

Mas as criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock não parecem tão exóticas assim, lembrando nossas bem-conhecidas águas-vivas.
Segundo a pesquisadora, essas águas-vivas alienígenas poderiam flutuar sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas que servem de bocas.
Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação.
Assim como os seres humanos não sobreviveriam sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre.

Vida de silício

Cientistas brasileiros já defenderam a possibilidade de existência de vida nas luas de Saturno, embora não tenham se arriscado a desenhar suas feições.
"Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com ideias como formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock.
Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível no universo.
"Talvez possamos imaginar instruções semelhantes para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA," diz.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:





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