sexta-feira, 20 de julho de 2012

ILUSTRES CIENTISTAS CONFIRMARAM: A ALMA SOBREVIVE À MORTE


O Espírito Katie King materializado ao lado do famoso cientista inglês William Crookes


Fábio José Lourenço Bezerra


                Conforme citamos, sucintamente, em nosso texto anterior Por Que Ser Espírita?, neste blog, após as experiências de Allan Kardec (Ver o texto O Início do Espiritismo Parte 2 – a Codificação, neste blog), que resultaram na Codificação do Espiritismo, muitas outras pesquisas vieram para confirmar a existência dos Espíritos e do mundo espiritual. Estas foram realizadas em abundância na segunda metade do século XIX e início do século XX, de forma independente, por vários cientistas de grande importância na época. Boa parte deles, diante das fortíssimas evidências que tinham diante de si, tornaram-se convictos da sobrevivência da alma, apesar de, antes dessas pesquisas, serem céticos. Não precisamos dizer que eram pessoas inteligentíssimas, acostumadas à aguda observação dos fatos, e que, por isso mesmo, ao realizar os experimentos com os médiuns (Ver o texto O Que São Médiuns?, neste blog), tomaram todas as precauções possíveis para evitar-se a fraude, chegando ao ponto de, em muitas oportunidades, os realizarem em sua própria residência ou no laboratório, diante de várias testemunhas de sua confiança. Também chegaram a amarrar os médiuns, revistá-los antes e depois das sessões, encerrá-los em sacos e até em gaiolas de ferro! Nem por isso, com todas estas precauções, os fenômenos deixaram de ocorrer.
            Devemos levar em conta que estes ilustres homens de ciência, divulgando amplamente suas pesquisas, correram o risco de verem jogados na lama suas carreiras brilhantemente conquistadas, sem nada terem a ganhar com isso, senão a divulgação da verdade. Isto porque, corajosamente, tiveram que enfrentar o fundamentalismo de uma comunidade científica já na época, em larga escala, composta por crentes materialistas convictos. Enfrentaram reações como esta, de um cientista da época: “Mesmo se visse, não acreditaria, pois isto não é possível”. Quando o telégrafo foi inventado, também se recusaram a acreditar de início, dizendo não ser possível enviar-se uma mensagem através de um fio metálico não oco. Imagine se um hipotético viajante do tempo fosse para aquela época e falasse que, no futuro, seria possível compartilhar não só o som, mas textos, imagens e informações de todo o tipo, de um pólo ao outro do planeta, em questão de segundos, como hoje fazemos constantemente, através da internet!

Edvaldo Kulcheski, em seu excelente artigo “A Ciência e o Espiritismo”, publicado no site “Portal do Espírito”, nos diz:

“[...] Se os fenômenos espíritas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores conseqüências de interesse geral. Mas a verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, em uma sucessão sempre audaz e desafiadora. O expediente de proibições e excomunhões se tornava ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados, como vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela etc, atestando a inquestionável sobrevivência da alma.
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas. Estes então, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria. A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor e o fez de tal forma que o espiritismo foi, por assim dizer, devidamente fotografado, pesado e medido.
A Palavra dos Cientistas
Coube a William Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda a Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam que, de suas investigações, viesse uma condenação irrevogável e humilhante, mas o veredicto do iminente sábio foi favorável.
A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e se rendeu.”
           
             Fazendo um parêntese no texto de Edvaldo Kulcheski, no Congresso da Associação Britânica de Bristol, em setembro de 1898, o Sr Willian Crookes disse:
            “Trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos existe uma força posta em atividade, por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho a retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo mesmo a elas acrescentar muita coisa.”

“Russel Wallace, físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual". Disse ainda: "Os fatos, porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".
Já Cromwel Varley, engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".
Para Oliver Lodge, físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postos em prática e não fiquei com nenhum dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".
O professor de física William Barret afirmou que a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência após a morte e a comunicação dos que morreram são evidentes, "Dos que ridicularizavam o Espiritismo, ninguém lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo prudente e imparcial tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós têm consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião", disse.
Fredrich Myers, da Sociedade Real de Londres, disse: “Pelas minhas experiências, convenci-me de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".
Já o italiano Ernesto Bozzano, que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos, afirmou, sem temer estar equivocado, ‘que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor’.”
“[...] Já Gustavo Geley, diretor do Instituto metapsíquico de Paris, um cientista exigente e de poderosa inteligência, disse ser preciso confessar que "os espiritistas dispõe de argumentos formidáveis. O espiritismo só admite fatos experimentais com as deduções que eles comportam" Segundo ele, "os fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares de pesquisadores.
"[...] Camille Flamarion, grande astrônomo, autor de tantas obras notáveis e respeitado como uma das maiores inteligências da França no século XIX, trouxe igualmente um depoimento insuspeito sobre os fenômenos espíritas. Para ele, ‘a negação dos céticos nada prova senão que os negadores não observaram os fenômenos’.
Incluímos na lista o professor de psiquiatria Universidade de Turim, Cesare Lombroso, que em sua obra “Hipnotismo e Mediunidade”, nos diz:
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista” e também “...se cada um destes fenômenos nos pode parecer incerto, o conjunto de todos forma um compacto mosaico de provas resistentes à mais severa dúvida”.
O Dr Paul Gibier, Diretor do instituto bacteriológico (Instituto Pasteur) de Nova York disse, após inúmeras e exaustivas experiências, em sua obra “Análise das Coisas”: “Posso hoje assegurar aos psicólogos, que, se eles resolverem experimentar, com médiuns bem dotados e honestos, encontrarão a prova da persistência da consciência do ser humano no período posterior a esta última função chamada morte.” e disse também, na mesma obra, que “Fica, porém, estabelecido para os sábios que observaram os fatos exteriores, determinados pela presença dos médiuns ou dos faquires, médiuns estes do Oriente, que tais fatos contêm a prova mais certa, jamais obtida, da existência do Espírito, da inteligência como princípio consciente e persistente, depois da morte do homem
Como exemplo das inúmeras pesquisas realizadas, temos a da Dialetical Society, de Londres, composta por notabilidades científicas. Esta sociedade decidiu, em sua sessão de 6 de janeiro de 1869, que iria investigar os fenômenos espiritualistas, com o objetivo de  desmascarar o que chamavam de “superstição de que todos falavam”. Para isso, nomearam uma comissão de 33 membros, subdividindo-a em seis sub-comissões. Conforme nos diz o Dr Paul Gibier, em sua obra “O Espiritismo - Faquirismo Ocidental”:
“Entre os membros dessa comissão figurava um sábio cujo nome é muito conhecido entre os naturalistas: Alfred Russel Wallace, que nos deu, em uma obra interessante (Miracles and modern Spiritualism), informações muito curiosas relativas à história da comissão de que fazia parte.
Excetuando quatro membros que desde o começo acreditaram na realidade dos fenômenos sem aceitarem a teoria espiritualista, e outros quatro que ao mesmo tempo admitiam os fenômenos e a dita teoria, a comissão compunha-se de sábios completamente cépticos. Entretanto, quando chegou o momento de apresentar um relatório á Dialetical Society, condensaram-se em um único feixe de resultados das experiências tentadas pelas seis sub-comissões, - a maior parte delas somente com as “forças’ dos membros -, e todos esses depoimentos relativos às investigações feitas pelos seis grupos de sábios, trabalhando separadamente, foram concordes.
O relatório das comissões dos trinta e três compunha-se de duas partes distintas: na primeira parte eram relatados os fatos verificados pelas seis sub-comissões; a segunda continha os testemunhos orais e escritos, fornecidos aos membros desse inquérito de novo gênero, por testemunhas honestas e dignas de fé.
Na primeira parte, o relatório concluía afirmativamente a respeito da existência:

            1º - De ruídos, de vibrações, de natureza muito variada, produzidos fora de toda a ação muscular ou mecânica;
       2º - De movimento de corpos pesados sem ação muscular ou mecânica e frequentemente sem contacto ou conexão com pessoa alguma;
            3º - De ruídos que, por meio de um código de sinais, respondem a perguntas de maneira inteligente;
            4º - Ainda mais, se as comunicações são em grande parte de caráter banal, dão às vezes informações desconhecidas de todos os presentes;
            5º - E também existem certas pessoas favoráveis por sua presença à produção do fenômeno, enquanto que outras pessoas os contrariam, mas que essa diferença nada tem que ver com a opinião professada por essas pessoas em relação aos fenômenos.
            Os depoimentos orais ou escritos foram trazidos à Sociedade por diferentes personalidades, tais como o professor A. de Morgan, presidente da Sociedade de Matemática de Londres e secretário da Real Sociedade Astronômica; M.C.F.Varley, engenheiro-chefe das companhias de telegrafia internacional e nacional e transatlântica, amigo do ilustre Tyndal.
              Esta segunda parte do relatório era ainda mais variada do que a primeira, e o relator concluía que os testemunhos mencionados afirmavam a existência de fatos tais como: corpos pesados e, em certos casos, homens elevando-se espontaneamente no ar; aparição de mãos e de formas que não pertenciam a nenhum ser humano, mas parecendo animadas e podendo ser agarradas pelos assistentes; execução de pedaços de música em instrumentos que ninguém estava tocando; aparição quase instantânea de desenhos ou pinturas, formando-se espontaneamente, etc., etc.
            O Sr Russel Wallace faz notar que as suas observações levaram-no a estabelecer que o grau de convicção obtido pelo experimentador é mais ou menos igual à soma de tempo e de trabalho empregados nas investigações. Assim acontece relativamente a todos os fenômenos naturais, ao passo que o exame de uma impostura ou de uma ilusão, diz o Sr.Wallace, conduz a um resultado invariavelmente oposto.
            Os membros da Sociedade Dialética, que não tinham feito parte da comissão, não ousaram tomar a responsabilidade do relatório e deixaram que os membros da referida comissão o publicassem por sua conta e risco.”
            Outros exemplos:
            William Crookes, entre 1869 e 1875, realizou um conjunto enorme de experiências com diversos médiuns, entre os quais: Daniel Dunglas Home, Kate Fox (da família Fox – Ver o texto O Início do Espiritismo Parte 1 – Hydesville, neste blog), Charles Edward Williams e Florence Cook.
            Com o médium Home, entre vários outros fenômenos, aconteceu estes fatos: “Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor; apareceu e depois desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa aparição era tão real quanto a minha própria mão.”
“Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um heliotrópio colocado em cima de uma mesa, ao nosso lado, quebrar-lhe um galho, e trazê-lo a uma senhora, e, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos, tomando uma forma de mão e transportar pequenos objetos”
            Com a médium Florence Cook, obteve materializações do Espírito Katie King, que teve oportunidade de fotografar.
        Cesare Lombroso, através da mediunidade de Eusápia Paladino, obteve materializações de vários Espíritos, inclusive o de sua falecida mãe, que o abraçou.
             Paul Gibier, depois de vários anos realizando experiências, sob severo controle, levou ao 4º Congresso de Psicologia de Paris um grande relatório sobre suas pesquisas acerca de materializações de Espíritos e outros fenômenos psíquicos.
          Depois de tudo isso, devemos nos perguntar: por que todas estas interessantíssimas pesquisas, de grande relevância para a humanidade, foram “abafadas” pela ciência “oficial”? Sobre isso, o Dr. Paul Gibier, em seu livro “Análise das Coisas”, de 1890, faz um interessante comentário:
            “Como, perguntarão, essas coisas não estão mais conhecidas? Por que não são mais bem estudadas? Responderei que já há longo tempo estas coisas são conhecidas dos sábios – não todos, entretanto – mas devo adicionar que os primeiros que ousaram falar delas viram seus nomes quase arrastados na lama, e sua honra posta em discussão. De modo que hoje, geralmente, entre os que estudam estas altas e importantes questões,
Cada um indaga e aprende por conta própria, só, ou com um pequeno grupo de amigos seguros, e guarda tudo para si.
           É mister dizer-se que palinódias famélicas e venais, assim como fraudes estrondosas fizeram, em torno do assunto, um certo escândalo, bastante para fazer os tímidos hesitarem e para fixar a opinião das pessoas que pensam de acordo com o jornal que lêem.
            Demais, há uma multidão de homens poderosos interessados, por mais de um motivo, em que não sejam divulgados esses novos conhecimentos: citarei os materialistas-cientistas, de um lado, e os espiritualistas-religiosos, do outro. Isso não impedirá, seguramente, a verdade de aparecer, e posso dizer que ela se espalha cada vez mais rapidamente entre os investigadores. Mas, quanto tempo perdido!”
             Cerca de trinta anos antes da publicação dessas palavras do Dr.Paul Gibier, acima, já constava em "O Livro dos Espíritos", na pergunta Nº 798: "O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?"
           Resposta: "Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos."  

            Para quem deseja conhecer quem foram os cientistas citados como exemplo nesse texto (houveram muitos outros), colocamos abaixo os links do blog NÚCLEO ESPÍRITA VERBO DE LUZ, de suas biografias:

William Crookes
Russel Wallace
Oliver Lodge
William Barret
Fredrich Myers
Ernesto Bozzano
Cesare Lombroso
Paul Gibier
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 CROOKES,William. Fatos Espíritas;
2 GIBIER,Paul. O Espiritismo:faquirismo ocidental;
3_________. Análise das coisas;
4_________.Materializações de fantasmas;
5 LOMBROSO, Cesare. Hipnotismo e mediunidade;
6 PALHANO JÚNIOR, L.Experimentações mediúnicas: A propósito das pesquisas de William Crookes;
7 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica.

ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/a-ciencia-e-o-espiritismo.html



2 comentários:

  1. XCELENTE PESQUISA, AGRADEÇO A TODOS QUE AJUDARAM, MORO NOS USA E FOI MUITO BOM TER LIDO ISTO. PARABENS

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    1. Obrigado Oswaldo! Muitas pessoas, ao redor do mundo, ignoram estas pesquisas. É muito importante divulgá-las, para mostrar que o Espiritismo é baseado em fatos muito bem verificados, como você pôde ler no texto.

      Abraços fraternos,

      Fábio

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