sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS 5 – QUAL A ORIGEM DA VIDA?



Fábio José Lourenço Bezerra

                Neste texto, damos continuidade à nossa série de textos “A Pluralidade dos Mundos Habitados” Parte 1, Parte 2, Parte 3 e Parte 4, neste blog. Neles, publicamos diversas matérias que mostram a constatação, cada vez maior, pelos cientistas, da imensidade de mundos habitados espalhados pelo Universo, à medida em que evoluem os instrumentos de sondagem do espaço.
Mais de 600 planetas orbitando outras estrelas foram localizados, e já se calcula que há mais planetas que estrelas e que aqueles localizados nas zonas habitáveis de suas estrelas existem aos bilhões, só na nossa galáxia. Zona habitável é a região que fica à uma distância onde os níveis de radiação permitem a existência de água em estado líquido e a temperatura adequada para a vida, tomando-se por base a que conhecemos em nosso mundo.
Constataram que existe água em abundância no Universo, esta substância tão necessária para a vida.
Também foram localizadas moléculas orgânicas supercomplexas, as Tolinas, em grande quantidade no entorno de uma estrela jovem, e no espaço profundo, entre as estrelas, o Antraceno. Moléculas como o Antraceno são prebióticas, isto é, quando recebem raios ultravioleta e são combinadas com água e amônia, podem produzir aminoácidos e outros componentes essenciais para o desenvolvimento da vida. Isso sugere que a vida é abundante nos mundos que circulam pelo espaço.
Contudo, descobertas recentes mostram que a vida pode existir pelo Universo de forma muito diferente do que a que existe na Terra.
            Além disso, cientistas de uma instituição renomada como o MIT, dos Estados Unidos, acreditam que a vida pode existir em Universos paralelos ao nosso.
            No entanto, apesar de a Ciência “Oficial” constatar que a vida, muitíssimo provavelmente, é abundante no Universo, para ela, um mistério permanece: Como a vida surgiu?

Na Terra, ela saltou, misteriosamente, em um curto espaço de tempo, da química pré-biótica para seres vivos que, apesar de ainda muito primitivos em relação a nós seres humanos, como as bactérias, já possuíam grande organização e complexidade.

A Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluindo em inteligência e moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários estágios no mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade e o total desapego do mundo material proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A harmonia e a união entre eles, em total sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as inspirações diretas de Deus.
                
Contudo, Deus não lhes destinou à inatividade, a ficar eternamente em contemplação (aliás, isso seria uma verdadeira tortura para os Espíritos. Um tédio eterno). Conforme o grau de evolução intelectual e de maturidade moral, Ele lhes atribui tarefas, que executam com grande satisfação. São inúmeras as tarefas destes Espíritos, que vão desde auxiliar diretamente o aprendizado dos menos experientes, até a criação e o governo de Universos, de galáxias, mundos e das mais variadas formas de vida material. Como nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier: ”Quando o servidor está pronto, o serviço aparece”.
           
A Doutrina Espírita também nos ensina que, da mesma forma que os elementos químicos, combinados entre si, formam as diferentes substâncias que constituem nosso mundo material (como a água, o gás carbônico, as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos corpos, etc.), existe um único elemento primitivo. Este elemento, cujas modificações e combinações dão origem tanto à matéria do mundo espiritual quando à do nosso mundo material, isto é, origina as partículas subatômicas que, combinadas, dão origem aos nossos elementos químicos, chama-se Fluido Cósmico Universal. Conforme nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no excelente livro “Evolução em Dois Mundos”, na Primeira Parte, ítem I :

“PLASMA DIVINO – O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas, a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

IMPÉRIOS ESTELARES – Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.”

Sobre a origem da vida na Terra, ele nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da mesma obra:

“[...] A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...

NASCIMENTO DO REINO VEGETAL – Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de forças positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...”  

Abaixo transcrevemos, na íntegra, um recente artigo do site Inovação Tecnológica, relativo a uma recente e muito importante descoberta científica, a respeito da vida no Universo. Leiamos:

 

Descoberto açúcar em torno de estrela jovem


Açúcar espacial
Usando o telescópio móvel ALMA(Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) uma equipe de astrônomos descobriu moléculas de açúcar no gás que rodeia uma estrela jovem semelhante ao Sol.
Esta é a primeira vez que açúcar é descoberto no espaço em torno de uma estrela tipo solar.
Segundo a equipe, a descoberta demonstraria que os chamados "blocos constituintes da vida" se encontram no local certo, no momento certo, de modo a serem incluídos em planetas que estejam se formar em torno da estrela.
"No disco de gás e poeira que circunda esta estrela recém-formada encontramos glicoaldeído, uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar que pomos no café," explica Jes Jorgensen (Instituto Niels Bohr, Dinamarca), o autor principal do artigo científico que descreve estes resultados. "Esta molécula é um dos ingredientes na formação do RNA, que - tal como o DNA, ao qual está ligado - é um dos blocos constituintes da vida."
Glicoaldeídos
Os astrônomos descobriram moléculas de glicoaldeído - uma forma simples de açúcar - no gás que circunda a estrela binária IRAS 16293-2422.
Açúcar é um nome genérico para uma série de pequenos hidratos de carbono, moléculas que contêm carbono, hidrogênio e oxigênio, tipicamente com uma razão atômica hidrogênio:oxigênio de 2:1, como a água.
O glicoaldeído tem a fórmula química C2H4O2. O açúcar utilizado normalmente na comida e bebida é a sacarose, uma molécula maior que o glicoaldeído e outro exemplo desse tipo de compostos.
Glicoaldeídos já tinham sido observados anteriormente no espaço interestelar.
Mas esta é a primeira vez que o composto é descoberto tão perto de uma estrela do tipo solar, a distâncias comparáveis à distância de Urano ao Sol, no Sistema Solar.
Esta descoberta mostra que alguns dos componentes químicos necessários à vida existiam neste sistema na altura da formação planetária.
Vida nas estrelas
"O que é verdadeiramente excitante acerca dos nossos resultados é que as observações do ALMA revelaram que as moléculas de açúcar estão caindo em direção a uma das estrelas do sistema," diz a membro da equipe Cécile Favre (Universidade de Aarhus, Dinamarca). "As moléculas de açúcar não só se encontram no local certo para encontrarem o seu caminho até um planeta, estão também deslocando-se na direção correta."
As nuvens de gás e poeira que colapsam para formar novas estrelas são extremamente frias, e muitos gases solidificam sob a forma de gelo sobre as partículas de poeira, onde vão se juntando para formar moléculas mais complexas - elas encontram-se geralmente a cerca de 10 graus acima do zero absoluto, cerca de -263 graus Celsius.
Mas, assim que uma estrela se forma no meio de uma nuvem de gás e poeira em rotação, esta aquece as regiões internas da nuvem para algo parecido com a temperatura ambiente da Terra, evaporando as moléculas quimicamente complexas e formando gases que emitem uma radiação característica em ondas de rádio, ondas estas que podem ser mapeadas com a ajuda de potentes radiotelescópios, como o ALMA.
Complexidade da vida
A IRAS 16293-2422 situa-se a cerca de 400 anos-luz de distância, relativamente próximo da Terra, o que a torna num excelente alvo para os astrônomos que estudam as moléculas e a química em torno de estrelas jovens.
Usando o poder de uma nova geração de telescópios, tais como o ALMA, os astrônomos têm agora a oportunidade de estudar os detalhes das nuvens de gás e poeira que estão formando sistemas planetários.
A alta sensibilidade do ALMA - mesmo nos comprimentos de onda mais curtos nos quais opera e por isso tecnicamente mais difíceis - foi indispensável nestas observações, que foram executadas com uma rede parcial de antenas durante a fase de verificação científica do observatório - a construção do ALMA só estará completa em 2013, quando as 66 antenas de alta precisão estiverem completamente operacionais.
"A grande questão é: qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Esta questão pode dizer-nos algo sobre como a vida aparece noutros locais e as observações do ALMA serão vitais para desvendar este mistério," conclui Jes Jorgensen.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].

2______________. A Gênese: Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, [1988];

3 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; LUIZ, André (Espírito). Evolução em dois mundos. 16.ed. Rio de Janeiro: FEB,[1998].

ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

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