sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ESTUDO INÉDITO SOBRE EXPERIÊNCIAS DE QUASE-MORTE CONCLUI: EXISTE VIDA APÓS A MORTE

 Fonte da imagem: http://conquistandoumavidacomsentido.blogspot.com.br/2012/03/270-bela-historia-de-anita-moorjani-eqm.html


Fábio José Lourenço Bezerra

            O médico norte-americano Dr. Jeffrey Long é radioncologista em Houma, na Lousiana. Reconhecido nacionalmente em sua área, seu trabalho teve destaque em veículos de comunicação como Newsweek, The Wall Street Journal e Coast to Coast. No seu livro "Evidências da Vida Após a Morte", ele nos informa sobre sua pesquisa inédita. Através de seu site http://www.nderf.org, coletou mais de 1.600 relatos de Experiências de Quase-Morte e realizou uma investigação científica criteriosa a respeito. A conclusão do autor é direta, objetiva e corajosa. Para o Dr. Long, a vida após a morte está comprovada, após a análise científica das 9 categorias tomadas em conjunto, sistemicamente. Na sua pesquisa, ele comparou seus resultados com os de vários outros estudos anteriores, verificando a notável semelhança entre eles.
           
Com relação ao fato de o estudo ter como base depoimentos de várias pessoas, através do seu site na internet, ele escreveu:

“É importante ressaltar que muitos estudos compararam a confiabilidade de pesquisas pela internet com as pesquisas mais tradicionais de papel e caneta estudando grupos de pessoas que participaram de pesquisas por meio de ambos os métodos. O consenso desses estudos é o de que uma pesquisa da internet é tão confiável quanto o método de pesquisa de papel e caneta. Isso valida ainda mais a confiabilidade da pesquisa da NDERF.”
“[...] Por fim, minha formação como médico me ajuda a determinar se um quadro em que havia perigo de morte aconteceu de verdade. Utilizo a escala Karnofsky, que é uma escala médica bastante utilizada para medir a proximidade da morte. A pontuação de Karnofsky varia de 100 (nenhum comprometimento físico) a 10 (moribundo) a 0 (clinicamente morto). Também posso determinar se os acontecimentos médicos descritos nas EQMs são plausíveis em termos médicos.
Nos primeiros tempos do site, me preocupei com a possibilidade de haver farsantes ou passadores de trotes que alegassem ter passado por uma experiência de quase morte. Fico contente em dizer que isso é muito raro. Em primeiro lugar, não há nenhum incentivo - nem financeiro nem de outro tipo – para se passar uma quantidade significativa de tempo preenchendo o extenso e complexo formulário da pesquisa com o intuito de se alegar uma EQM falsa. Por vezes, aqueles que tentam apresentar uma EQM falsificada descobrem como é difícil responder a uma pesquisa detalhada se nunca passaram por essa experiência. Em mais de dez anos, desmascaramos menos de dez relatos fraudulentos registrados no formulário da pesquisa da NDERF e os removemos de imediato do site e do banco de dados.
Também me preocupo com a possibilidade de haver relatos reproduzidos, nos quais uma EQM seria copiada na íntegra ou em parte, ou plagiada de outra fonte. Isso aconteceu; porém, mais de uma vez, em raras ocasiões. Quando algo assim acontece, leitores do site denunciam o relato copiado, e nós o removemos de lá. O imenso número de visitantes do site da NDERF ajuda a assegurar que nenhuma das EQMs postadas seja plágio.”

Sobre os resultados de sua pesquisa, ele escreveu:

"As experiências próximas da morte são as mesmas em todo o mundo. Quer se trate de uma experiência de quase-morte de um hindu na Índia, um muçulmano no Egito, ou um cristão nos Estados Unidos, os mesmos elementos essenciais estão presentes em tudo, inclusive estar fora-do-corpo, a experiência do túnel, os sentimentos de paz, seres de luz, uma revisão de vida, a relutância em voltar, e transformação após a EQM. Em suma, a experiência da morte é semelhante entre todos os seres humanos, não importa onde eles vivem. "
"Crenças culturais preexistentes não influenciam significativamente o teor de EQMs. Experiências de quase-morte de todo o mundo parecem ter conteúdo semelhante, independentemente da cultura do país da pessoa que passou pela  experiência".
"Os resultados do estudo da Fundação de Pesquisa de Experiências de Quase Morte (NDERF) indicam clara e notavelmente a coerência entre os estudos de casos de EQM. Este estudo conclui que o que as pessoas descobriram durante a sua experiência de quase-morte de Deus, amor, vida após a morte, razão de nossa existência terrena, dificuldades terrenas, perdão e muitos outros conceitos é notavelmente consistente em todas as culturas, raças e credos. Além disso, essas descobertas são geralmente não o que seria de se esperar de crenças sociais preexistentes, os ensinamentos religiosos, ou qualquer outra fonte de conhecimento terrestre".
"Ao estudar cientificamente os mais de 1.300 casos compartilhados com NDERF, eu acredito que as nove linhas de evidências apresentadas neste livro convergem todas para um ponto central: Há vida após a morte."
"Estudei milhares de experiências de quase-morte. Eu considerei cuidadosamente as evidências presentes nas EQMs sobre a existência de vida após a morte. Eu acredito, sem sombra de dúvida, que há vida após a morte física. "
"Algumas pesquisas indicam que até 5 por cento da população dos EUA teve uma experiência de quase-morte."
"Falando de forma geral, essas pessoas que passam pela revisão de suas vidas conseguem ver-se a partir de uma perspectiva de terceira pessoa. Eles se observam interagindo com as pessoas em suas vidas. Eles vêem como trataram os outros e muitas vezes passam para o lugar da outra pessoa, para que eles saibam como essa pessoa se sentiu ao interagir com eles. "
"Às vezes um ser espiritual acompanha a pessoa que está tendo a revisão da vida. Este ser pode servir como uma espécie de guia amoroso, avaliando a revisão da vida a partir de um plano espiritual mais elevado, como observa a EQM, discutindo as implicações espirituais dos acontecimentos da vida de quem está passando pela EQM. Os comentários do ser podem ajudar a colocar a sua vida em perspectiva. O que passaram por uma EQM quase nunca descreveram estarem se sentindo julgados negativamente por este ser espiritual, não importa o quão cruéis eram até aquele ponto de suas vidas. Os que revisaram muitos dos seus próprios atos cruéis anteriores muitas vezes expressam grande alívio que eles não foram julgados negativamente durante a EQM”
"Os que passaram por uma EQM geralmente observaram que eles eram eles próprios que se julgavam. Durante o processo, viram o bem e o mal, a causa e o efeito de suas escolhas. Muitos relataram que tiveram uma revisão de sentimentos, em vez de uma revisão de eventos visuais".
"Muitos que tiveram uma EQM dizem que a revisão da vida, de todos os elementos da EQM, foi de longe o maior catalisador para a mudança. A revisão da vida permite que essas pessoas revivam suas próprias vidas, erros e tudo. Ela também dá a eles uma chance de avaliar a si mesmos em seu desempenho na vida. Muitas coisas que pareciam insignificantes na época - uma pequena bondade, por exemplo - acabam por ser significativas em sua própria ou a vida de outra pessoa. As pessoas percebem que ficaram irritadas com coisas que não eram importantes ou que colocaram demasiada importância em coisas sem importância".
"A revisão de vida durante a EQM ajuda a entender seu propósito na vida."
"Conhecimento e amor são dois elementos que levamos conosco quando morremos. Como resultado, as opiniões de vida são muitas vezes um dos elementos mais transformadores da EQM. Aqueles que têm poderosas revisões de vida tendem a reverenciar muito o conhecimento e o amor após a sua EQM. "
"O estudo Kelly descobriu que 95 por cento dos indivíduos falecidos encontrados eram parentes, enquanto que apenas 5 por cento eram amigos ou conhecidos. Apenas 4 por cento dos que tiveram EQMs no estudo encontraram seres que estavam vivos no momento da EQM. Outros estudos têm mostrado que, em sonhos ou alucinações, os seres encontrados são muito mais propensos a serem pessoas que ainda estão vivas. "
"Encontros com os entes queridos falecidos são quase sempre reuniões alegres."
"Apesar de muitos entes queridos falecidos antes da morte eram idosos e, por vezes desfigurados pela artrite ou outras doenças crônicas, os falecidos na experiência de quase-morte são quase sempre a imagem da perfeita saúde e podem aparecer mais jovens - mesmo décadas mais jovens - do que eles eram na hora da morte. Aqueles que morreram como crianças muito jovens podem parecer mais velhas. Mas mesmo que o defunto pareça ter uma idade muito diferente do que quando morreu, a pessoa que está experimentando a EQM ainda o reconhece."
"As pessoas podem encontrar em sua experiência de quase-morte um ser que parece familiar, mas cuja identidade é desconhecida durante a EQM ... Na maioria das vezes ... os seres estranhos eram membros da família do passado."


OS DOZE ELEMENTOS PRESENTES NAS EQMs:

Conforme a pesquisa do Dr.Long, não há duas experiências de quase-morte idênticas. Contudo, quando muitas EQMs são estudadas, um padrão comum de elementos surge. Abaixo há uma lista dos doze principais elementos de EQM que foram identificados. Em cada ítem, segue-se um número que indica qual a percentagem, dentre 613 pessoas incluídas no estudo, experimentaram o elemento em questão. Significativamente, apenas 33,8 por cento relataram terem passando por um túnel, e só 22,2 por cento disseram que experimentaram uma revisão de vida.

1. Estar fora-do-corpo: Separação da consciência do corpo físico - 75,4 por cento;
2. Sentidos aguçados - 74,4 por cento;
3. Emoções ou sentimentos intensos e geralmente positivos - 76,2 por cento;
4. Passando por dentro ou através de um túnel - de 33,8 por cento;
5. O encontro com uma luz mística ou brilhante - 64,6 por cento;
6. O encontro com outros seres, sejam seres místicos, parentes falecidos ou amigos - 57,3 por cento;
7. Uma sensação de alteração do tempo e do espaço - 60,5 por cento;
8. Revisão de vida - 22,2 por cento;
9. O encontro com os reinos ("celestes") extraterrestre - 40,6 por cento;
10. Encontrando ou aprendendo conhecimentos especiais - 56 por cento (31,5 por cento responderam que achavam que entenderam tudo "sobre o universo"; 31,3 por cento sentiram que eles entenderam tudo "sobre mim mesmo e aos outros");
11. O encontro com um limite ou barreira - 31 por cento;
12. Retorno para o corpo, seja voluntário ou involuntário - 58,5 por cento;

Baseado nas EQMs estudadas, O Dr.Long desenvolveu "nove linhas de raciocínio" que ele acredita serem a prova da existência de vida após a morte. Vejamos:


1. O nível de consciência e vigilância durante a EQM é geralmente maior do que eles experimentam durante a sua vida cotidiana, mesmo que as EQMs geralmente ocorram enquanto inconscientes ou clinicamente mortos. Os elementos em EQMs geralmente seguem uma ordem lógica e consistente;
2. O que essas pessoas veem e ouvem fora do corpo durante a EQM é geralmente realista, e muitas vezes verificado mais tarde pelos que passaram pela EQM ou outros como real;
3. Visão normal ou super-normal, ocorre em EQMs entre aqueles com visão prejudicada significativamente ou até mesmo cegueira total. Vários que eram cegos de nascença relataram EQMs altamente visuais;
4. EQMs típicas ocorrem sob anestesia geral, num momento em que a experiência consciente deveria ser impossível;
5. Os comentários, durante as revisões de vida em EQMs incluem eventos reais que ocorreram nas vidas dessas pessoas, mesmo que os eventos tenham sido esquecidos;
6. Quando essas pessoas encontram seres que conheciam de sua vida terrena, eles são quase sempre falecidos, e, geralmente, parentes falecidos;
7. As EQMs das crianças, incluindo crianças muito jovens, são muito semelhantes às EQMs de crianças mais velhas e adultos;
8. EQMs parecem notavelmente consistentes em todo o mundo. Muitas EQMs de países não-ocidentais são muito semelhantes às EQMs ocidentais típicas;
9. Mudanças na vida das pessoas que passaram pela EQM após as suas experiências, as sequelas de EQM, são comuns. Sequelas são muitas vezes poderosas, duradouras e as mudanças seguem um padrão consistente.
Sequelas incluem:
- Diminuição do medo da morte;
- O aumento da crença na vida após a morte;
- Um forte senso de espiritualidade;
- Um sentimento da presença de Deus;
- A consciência do significado e propósito da vida;
- A crença na sacralidade da vida;
- Uma maior valorização da vida;
- Um interesse reduzido em ganho material ou status;
- Procurar ajudar ou curar profissões
- 45 por cento relataram ter passado a demonstrar dons psíquicos, paranormais ou outros dons especiais;
- Pessoas com doenças muito graves, tanto físicas quanto mentais, acreditam que foram curados;
- Cada vez mais amorosos e com mais aceitação de si mesmo;
- Mais auto-confiança;
- O aumento da conscientização sobre as necessidades dos outros e uma vontade de alcançá-los;
- Pode terminar relacionamentos negativos e sem amor, e buscar relações positivas e amorosas;
- Aumentar as capacidades de amor e compaixão pode resultar em casamentos e relacionamentos mais fortes;
- Aumento da inteligência (pelo menos em crianças).

Conforme o Dr. Long, "você não pode fingir os efeitos de uma experiência de quase-morte."
73,1 por cento relataram que sua vida havia mudado significativamente como resultado de sua EQM. Long também relata que "é preciso, desde que haja sete ou mais anos de vida para uma pessoa que teve uma experiência de quase-morte, de integrar plenamente em sua vida as mudanças que resultaram da experiência."

Ao contrário de memórias humanas normais, que são distorcidas ao longo do tempo, as EQMs não são "embelezadas ou diminuídas." Isso inclui tanto as crianças, que recontam as suas experiências de quase-morte, como adultos, assim como os adultos que recontar suas histórias décadas depois da experiência. O Dr.Long cita vários estudos, de crianças e adultos, que dão base a esta importante conclusão. Escreve Long ", a capacidade impressionante, dos que tiveram experiências de quase-morte, de lembrar constantemente com grande detalhe as suas experiências, mesmo décadas depois, é um testemunho do poder da experiência de quase-morte. É um estado único e notável de consciência".


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

LONG, Jeffrey; PERRY, Paul. Evidências da vida após a morte. São Paulo: Larousse [2010].


ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

http://msv-nhne.org/book-summary-evidence-of-the-afterlife/


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PESQUISA DE PSICÓLOGA NORTE AMERICANA OBTÉM FORTÍSSIMAS EVIDÊNCIAS DA REENCARNAÇÃO

            

Fonte da imagem: http://crescimentointerior-ieda.blogspot.com.br/2014/02/terapia-de-vidas-passadas-palestra.html

Fábio José Lourenço Bezerra
            Os resultados da pesquisa da psicóloga norte americana Helen Wambach trouxeram evidências, bastante fortes, da existência da reencarnação. Muito difíceis de serem contestadas pelos céticos. Esta pesquisa e seus resultados foram publicados em dois excelentes livros: “Recordando Vidas Passadas” (1978) e “Vida Antes da Vida” (1982).
Realizando regressões de memória a vidas passadas em grupo (ela não levava em conta regressões individuais na sua pesquisa), coletou cerca de 1.100 relatórios de lembranças de existências pretéritas das pessoas que participaram de sua pesquisa. Este relatório teve como base um questionário sobre diversos dados que poderiam ser, posteriormente, avaliados, comparando-os com o conhecimento histórico existente. Dados como vestuário, clima, moradia, raça, sexo, circunstâncias de vida, paisagem, além de outros.
            Dando um tratamento estatístico ao grande conjunto de dados coletados, obteve resultados bastante interessantes:
a) Quantidade de dados historicamente divergentes insignificante: dos 1.100 relatórios, apenas 11 possuíam diferenças em relação aos dados históricos disponíveis oficialmente. Mesmo nos indivíduos que regrediram à épocas que pouco, ou de nenhuma forma, foram retratadas em filmes, documentários, livros ou outros veículos de comunicação, que poderiam influenciar as suas lembranças, os detalhes de suas informações coincidiam com os dados históricos. Ou seja, apesar de vários indivíduos desconhecerem, nessa vida, detalhes de vestuário, utensílios domésticos, moradia, etc., em épocas da história cujos detalhes só podem ser obtidos através de uma minuciosa pesquisa, eles apareceram em suas lembranças durante as regressões.
b) Ausência de lembranças como personagens históricos famosos ou importantes,  bem como de situações que refletiriam desejos dos participantes: praticamente em todos os relatórios não apareceram lembranças como pessoas famosas ou importantes do passado, e na maior parte deles as vidas eram de pobreza, dificuldade, sofrimento, de frequente cansaço e monotonia. Vidas de pessoas comuns às épocas das quais lembraram, como camponeses, escravos, artesãos, etc. Era de se esperar que, caso fossem fantasias dos participantes, suas vidas refletiriam seus desejos, como de fama, riqueza e poder.

c) O número de renascimentos coincidiram, proporcionalmente, com o número da população em todas as épocas relembradas: Em cada época e localização geográfica, os renascimentos coincidiram com as tendências do crescimento da população. Ao ser analisado estatisticamente, o crescimento  populacional nas regressões era o mesmo da história. Isto é, quando um maior número de participantes lembrava ter vivido em determinada época e lugar, isso coincidia, proporcionalmente, com os dados históricos sobre a quantidade de pessoas que viveram nessa época e lugar. O mesmo ocorreu em épocas e locais que apresentaram menos vidas dos participantes. Isto era de se esperar se as lembranças das vidas passadas fossem reais. Ver a figura abaixo:


Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento


d) O número de reencarnações em ambos os sexos se mostrou igual na totalidade dos relatórios: Conforme Helen Wambach: “Refleti que eu precisava, pelo menos, de um fato biológico acerca do passado que me facultasse a conferência dos meus indícios. Eu sabia que em qualquer fase pretérita, mais ou menos a metade da população era masculina e a outra metade, feminina. Decidi verificar cada período de tempo e determinar quantas regressões tinham redundado em vidas masculinas e quantas tinham resultados em vidas femininas.
Se a rememoração de existências passadas fosse mera fantasia, seria de esperar que preponderassem as masculinas: os estudos mostram que o cidadão comum, em se lhe oferecendo a possibilidade de escolher, optaria por viver como homem.
Contra a probabilidade de que a fantasia produziria maior número de sujeitos masculinos, havia o fato de que 78% dos meus sujeitos no primeiro grupo de seminários eram mulheres.
Seria acaso possível que as mulheres preferissem ser mulheres numa vida pregressa?
Assim sendo, muitos imponderáveis gravitavam em torno da questão do sexo que seria escolhido numa vida passada.
Não obstante(...) meus dados são concludentes. Sem levar em consideração o sexo que têm na vida atual, ao regressar ao passado, meus sujeitos se dividiram precisa e uniformemente em 50,3% de homens e 49,7% de mulheres.” Ver a figura abaixo:


Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento


            Muito interessante é o fato de que muitos dados coincidem com o que nos ensinaram os Espíritos Superiores durante a codificação do Espiritismo. Leiamos:

a) Possibilidade de escolha do renascimento: dos 1.100 casos analisados, na maior parte deles, os indivíduos aceitaram voluntariamente seu nascimento. Perto de 81% dos participantes pesquisados decidiram voltar a terra e apenas 19% foram forçados. Muitos deles só aceitaram vir reclamando e outros só aceitaram após serem orientados por Espíritos planejadores ou aconselhadores;

            Na pergunta Nº 258 de "O Livro dos Espíritos", temos: "Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?"
            Resposta: “Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”

            Na pergunta Nº 262: "Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha?"
            Resposta: “Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”
            a) — "Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade, ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus?"
            Resposta: “Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil, e quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito, ao mesmo tempo em que lhe sirva de expiação.”

            Na pergunta Nº 335: "Cabe ao Espírito a escolha do corpo em que encarne, ou somente a do gênero de vida que lhe sirva de prova?"
            Resposta: “Pode também escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente ainda serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal ou qual.”

            Na pergunta Nº 244 b) — Deus transmite diretamente a ordem ao Espírito, ou por intermédio de outros Espíritos?
            Resposta: “Ela não lhe vem direta de Deus. Para se comunicar com Deus, é-lhe necessário ser digno disso. Deus lhe transmite suas ordens por intermédio dos Espíritos imediatamente superiores em perfeição e instrução.”

b) Motivo do renascimento: dentre vários outros motivos, os mais comuns foram:

         Terminar tarefas não concluídas;
         Corrigir erros cometidos;
         Despertar aptidões e evoluir espiritualmente;
         Superar limites, romper barreiras e limitações;
         Obter conhecimentos superiores;
         Aprender a amar sem sentimento de posse ou apegos;
         Superar medos, Desenvolver a humildade, amar a mãe e os irmãos, desfazer-se de certas ilusões, além de outros motivos.

            Na pergunta Nº 132: "Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?"
            Resposta: “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

Na pergunta Nº 264: “ Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?”
Resposta: “Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contacto com o vício.”

c) escolha da época do renascimento: A maior parte dos que participaram da pesquisa, 51%, disseram ter escolhido nascer na segunda metade do século XX, pois essa época tinha grande potencial de crescimento espiritual; um período de mudança na consciência dos homens. Como exemplos do que os próprios participantes disseram sobre isso: “Será uma época de grande expansão da consciência”; “Os espíritos mais avançados estão nascendo”; “é uma época de grande esclarecimento”; “é o início de uma idade de ouro”; “a consciência atingirá novas alturas”; “Este período de tempo está aberto ao crescimento espiritual”. Muitas outras lembranças coincidiram com estas.

d) Escolha do sexo:  24% não escolheram o sexo com o qual reencarnariam, ou disseram que isso não tinha muita importância; 76% afirmaram que o sexo era importante nas atividades que teriam de executar. Perto de 33% destes escolheram reencarnar como mulheres porque queriam ter filhos. Vejamos alguns exemplos: “escolhi ser homem pela minha mulher. Entrei nesta vida para ajudar minha esposa a resolver um problema e ela tinha escolhido ser mulher.”; “escolhi o sexo masculino pela facilidade do homem em participar do esforço científico e desejava, nesta vida, participar da revolução cientifica do século XX.”; “escolhi o sexo feminino para fazer as pessoas felizes com mais facilidade.”

            Na pergunta Nº 201: "Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?"
            Resposta: “Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”
           
            Na pergunta Nº 202: Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
            Resposta: “Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
            Comentário de Allan Kardec: "Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo.
          Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens."

e) Presença de parentes e amigos: 87% disseram que já conheciam muitos parentes e amigos de outras vidas e 13% disseram que não, ou que não sabiam dizer.
Dos 87% que disseram sim, pôde-se chegar a algumas conclusões. Segundo Wambach: “houve impressionante variação nos relacionamentos configurados. Pais, nesta vida, tinham sido amantes no passado; mães tinham vindo como irmãos, amigas, irmãs, filhos. Mães na vida atual tinham vindo como pais, amigos, irmãos, irmãs, filhos. Nada havia de totalmente consistente na maneira pela qual as pessoas, nesta existência, se relacionavam em vidas passadas.”

            Na pergunta Nº 205: “A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, com o fazê-los anteriores à existência atual.”
Resposta: “Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consangüinidade.”

No livro “Vida e Sexo”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, ditado pelo Espírito Emmanuel - item 2 – Família, lemos:  “... A parentela no Planeta faz-se filtro da família espiritual sediada além da existência física, mantendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima. Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, assim, de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e   desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes   indispensáveis , ante as leis do destino.
       Apesar disso, importa reconhecer que o clã familiar evolve incessantemente para mais amplos conceitos de vivencia coletiva, sob os ditames do aperfeiçoamento geral, conquanto se erija sempre em educandário valioso da alma, temos dessa forma, no instituto doméstico uma organização de origem divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do Mundo Melhor.”

f) Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se ligaram ao feto, de nenhuma forma, até depois dos seis meses de gestação”. Contudo, praticamente todos disseram ter plena consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto, possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto durante o parto ou pouco tempo antes. Dessa forma, na maior parte do período de gravidez, as pessoas não se sentiam parte integrante do feto, contudo estavam existindo separado destes.

            Na pergunta Nº 344: "Em que momento a alma se une ao corpo?"
            Resposta: “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento (grifo nosso). Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz (grifo nosso). O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

            É preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o Espírito expressa apenas seu ponto de vista. Assim, pode estar ligado ao corpo desde a concepção, mas só perceber essa ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da gestação. Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem antes do parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.

g) As sensações durante o nascimento: Foi grande a quantidade de participantes que sentiram tristeza e melancolia durante o nascimento. Não que fossem os eventos físicos do processo de parto que traziam esses sentimentos, mas, ao que tudo indica, a maior fonte era psicológica. Muitos derramaram lágrimas durante a lembrança do nascimento. A tristeza eram causada, em sua maior parte, à expectativa das dificuldades que viriam durante a vida que se iniciava, aos resgates que teriam de sofrer, e à limitação do corpo físico em relação ao corpo espiritual. Sofriam por deixar a plena, leve, pacífica e sublime vida no mundo  espiritual. Some-se a isso as sensações, relatadas por muitos, quando da entrada no mundo físico e a passagem pelo canal de parto, atormentadoras e por demais desagradáveis. Segundo Wambach: “A criança recém-nascida sente-se desligada, diminuída e sozinha, quando comparada à sua situação no intervalo entre as vidas”.

            Na pergunta Nº 339: "No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação semelhante à que experimenta ao desencarnar?"
            Resposta: “Muito maior e sobretudo mais longa. Pela morte, o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela.”

            Na pergunta Nº 340: "É solene para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e importante?"
            Resposta: “Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar.”
            Comentário de Allan Kardec: "O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá. Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele. Sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia."


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. FEB. Versão digital por: L. NEILMORIS © 2007;

WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas. Ed.Pensamento .[1978];


_______________. Vida antes da vida. Livraria Freitas Bastos. [1982]

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

COMO DEUS CRIOU NOSSO UNIVERSO ?

Fonte da imagem: http://aia2009.wordpress.com/2009/02/05/a-historia-do-universo/

Fábio José Lourenço Bezerra

No Capítulo VIII da sua obra “O Céu e o Inferno”, intitulado “Os Anjos”, escreveu Allan Kardec:

“[...] Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações... “

            A Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e ignorantes,  evoluindo em inteligência e moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários estágios no mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade e o total desapego do mundo material proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A harmonia e a união entre eles, em total sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as inspirações diretas de Deus.

            Contudo, Deus não lhes destinou à inatividade, a ficar eternamente em contemplação (aliás, isso seria uma verdadeira tortura para os Espíritos. Um tédio eterno). Conforme o grau de evolução intelectual e de maturidade moral, Ele lhes atribui tarefas, que executam com grande satisfação. São inúmeras as tarefas destes Espíritos, que vão desde auxiliar diretamente o aprendizado dos menos experientes, até a criação e o governo de Universos, de galáxias, mundos e das mais variadas formas de vida material. Como nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier: ”Quando o servidor está pronto, o serviço aparece”.

            A Doutrina Espírita também nos ensina que, da mesma forma que os elementos químicos (carbono, oxigênio, hidrogênio, enxofre, silício, etc.), combinados entre si, formam as diferentes substâncias que constituem nosso mundo material (como a água, o gás carbônico, as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos corpos, etc.), existe um único elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas modificações e combinações dão origem tanto à matéria do mundo espiritual quando à do nosso mundo material. Ele origina as partículas subatômicas, e estas, combinadas, dão origem aos nossos elementos químicos. Conforme nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no excelente livro “Evolução em Dois Mundos”, na Primeira Parte, ítem I:

“PLASMA DIVINO – O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas, a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

IMPÉRIOS ESTELARES – Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.”

            Sobre a origem da vida na Terra, ele nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da mesma obra:

“[...] A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...

NASCIMENTO DO REINO VEGETAL – Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de forças positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...”

            Uma teoria, elaborada há alguns anos e seriamente considerada por muitos cientistas ao redor do mundo, parece nos remeter ao Fluido Cósmico Universal.

            O Professor de Física da Universidade de Columbia Brian Greene, em uma entrevista à revista Época, edição de 9 agosto de 2004, resumiu o que seria a teoria das cordas:

            “A teoria das cordas materializa o sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única para explicar o Universo. No século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam como pilares da Física.
                     A teoria geral da relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera em grandes dimensões, emestrelas e galáxias.
                     Já a mecânica quântica explica como as leis da Física operam no extremo oposto, nas subpartículas atômicas.
            Durante várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é indispensável, por exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro -, as equações se estilhaçavam.
            As supercordas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base para tudo o que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos e também as partículas_subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons, que integram o núcleo dos átomos. Conhecemos também algumas partículas subnucleares, como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o conhecimento convencional empaca. A teoria das supercordas diz que existe algo menor e mais fundamental: dentro dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento de energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. Isso permitiria unificar a teoria geral da relatividade com a mecânica quântica.”

             A figura abaixo ilustra bem a teoria das cordas:

Fonte da imagem: http://phylos.net/formato_livro/fisica/cosmologia/problemas-modelo-padrao/

            Clicando AQUI, você assiste a uma palestra de Brian Greene que, utilizando-se de uma linguagem simplificada, explica a teoria das cordas.

            Os Espíritos puros seriam, assim, capazes de fazer vibrar estas cordas (fluido cósmico) no padrão correto, criando as mais diversas partículas do mundo material e do mundo espiritual. Em seguida criaram, e até hoje criam, os diversos mundos que servem de verdadeiras escolas para o aperfeiçoamento intelecto-moral dos Espíritos.
           
O Universo seria, assim, uma verdadeira sinfonia composta pelas inteligências celestiais, sob as ordens de Deus.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

KARDEC, Allan. O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital por: ERY LOPES © 2007

XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; André Luiz (Espírito). Evolução em dois mundos. FEB. [1958];


ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT791042-1666-1,00.html

http://www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm