segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

VEM AÍ UM FILME SOBRE A VIDA E OBRA DE JESUS SEGUNDO O ESPIRITISMO



      Em 24 de Março estréia nos cinemas um filme sobre a vida e obra de Jesus à luz da Doutrina Espírita, bem como de Allan Kardec, o codificador do Espiritsmo. Abaixo, a sinopse e o trailer do filme.

"Sinopse
Nos Passos do Mestre, Jesus Segundo o Espiritismo, é o primeiro filme sobre a vida e obra de Cristo realizado através da pesquisa espírita e apresenta uma visão até hoje inédita a cerca deste grande personagem. Filmado em Israel, Egito, Turquia, Itália e no Brasil o longa apresenta dramatizações de trechos da vida de Jesus Cristo e de Allan Kardec, fundador do espiritismo. O filme mostra Jesus como um educador e pacifista por excelência e levanta dúvidas sobre trechos polêmicos: como a virgindade de Maria; a Ressurreição de Lázaro e do próprio Jesus; e a “traição” de Judas."
Fonte: http://nospassosdomestreofilme.com.br/sinopse/

Assistam ao Trailer Oficial do filme:



ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

 http://nospassosdomestreofilme.com.br/sinopse/

https://www.youtube.com/watch?v=RPFRiUqh1N4






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

CIENTISTAS CONCLUEM: A ALMA É INDEPENDENTE DO CÉREBRO

Fonte da imagem: http://www.ratser.com/pueden-los-microbios-en-el-intestino-actuan-sobre-el-cerebro/

Fábio José Lourenço Bezerra

       Na Questão Nº 370 de “O Livro dos Espíritos”, temos:

   Da influência dos órgãos se pode inferir a existência de uma relação entre o desenvolvimento dos do cérebro e o das faculdades morais e intelectuais?

    Resposta: “Não confundais o efeito com a causa. O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias. Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.”

      Mais de 150 anos depois que os Espíritos Superiores nos deram a comunicação acima, cada vez mais a ciência verifica que a alma não é produto do cérebro, mas sim independente dele.

      Abaixo transcrevemos, em tradução livre, partes de dois excelentes artigos que tratam da relação consciência-cérebro. O primeiro é do Dr. Gary Schwartz, de 2010, postado em seu site (www.drgaryschwartz.com), e outro do Dr. Pin Van Lommel, de 2004, publicado site Near Death Research Foundation (http://www.nderf.org/).

      O Artigo do Dr. Gary Schwartz:

[...]A psicologia, a neurociência e a ciência convencional em geral, normalmente adotam uma visão materialista da natureza e do universo. O materialismo é a crença de que (1) o que é real é matéria física, que (2) só existe matéria, e que (3) tudo o que acontece na natureza e no universo pode ser compreendido e explicado em termos materialistas (Tart, 2009). Na psicologia, essa crença é expressa em termos da relação da mente e do cérebro; a consciência é assumida como sendo um subproduto ou "epifenômeno" da função cerebral (por exemplo, uma propriedade emergente das redes neurais).”

[...] Será que a Consciência Exige um cérebro?

Existem três tipos de evidências experimentais que, em conjunto, parecem apontar para a conclusão de que a consciência é criada pelo cérebro. A palavra "parecer" é enfatizada aqui porque o exame cuidadoso da totalidade das provas, quando vistas a partir da perspectiva da eletrônica e da engenharia elétrica, revela como a evidência da explicação de que a mente é separada do cérebro, de fato, é tão consistente quanto a explicação de que a mente é criada pelo cérebro. Infelizmente, não é muito apreciado pelos cientistas convencionais que as três abordagens experimentais utilizadas para investigar as relações mente-cérebro, por si, não exigem uma conclusão materialista - e elas são totalmente consistentes com uma explicação não materialista (Pós-materialista).

Os três tipos de evidência são:

1. A prova de gravações - Os Neurocientistas registram ondas cerebrais (EEG), utilizando dispositivos eletrônicos sensíveis. Por exemplo, é bem conhecido que a ondas alfa occipitais diminuem quando as pessoas vêem objetos ou os imaginam.

2. A prova de estimulação - Várias áreas do cérebro podem ser estimuladas utilizando eletrodos colocados dentro da cabeça ou bobinas magnéticas colocadas fora da cabeça. Por exemplo, a estimulação do córtex occipital é tipicamente associada com as pessoas experimentando sensações visuais e imagens.

3. Evidências de Ablação - Várias áreas do cérebro podem ser removidas com técnicas cirúrgicas (ou áreas podem ser danificadas devido a lesões ou doenças). Por exemplo, quando são áreas do córtex occipital as pessoas e animais inferiores perdem aspectos da visão.

A geralmente aceita - e, aparentemente, senso comum - interpretação da neurociência para este conjunto de resultados é que a experiência visual é criada pelo cérebro.

No entanto, a questão crítica é: esta explicação de criação da consciência é a única interpretação possível para esse conjunto de resultados? A resposta é, na verdade, não. Os três tipos de evidência também são consistentes com o cérebro como sendo um receptor das informações externas da consciência (Schwartz, 2002; 2005; 2011).

O raciocínio é simples e é ilustrado em eletrônica e engenharia elétrica. Embora seja raro discutir-se um exemplo de eletrônica no contexto de uma monografia de psicologia (especialmente uma voltada para a religião e a espiritualidade), acaba por ser prudente e produtivo fazer isso aqui.

Considere a televisão (seja ela analógica ou digital). É bem conhecido - e geralmente aceito - o trabalho dos televisores como receptores para o processamento de informação transportada por campos eletromagnéticos externos que oscilam em bandas de frequências específicas. Aparelhos receptores de televisão não criam a informação visual (isto é, eles não são a fonte das informações) - eles detectam as informações, as amplificam, as processam e as exibem.

Aparentemente, não é geralmente apreciado que os engenheiros elétricos realizam os mesmos três tipos de experimentos como os neurocientistas fazem. O paralelo entre o cérebro e a TV é essencialmente perfeito.

1. A prova de gravações - engenheiros elétricos podem monitorar sinais dentro do aparelho de televisão usando dispositivos eletrônicos sensíveis. Por exemplo, os eletrodos podem ser colocados em determinados componentes em circuitos que se correlacionam com as imagens visuais vistas na tela.

2. A prova da Estimulação - Engenheiros elétricos podem estimular  diferentes componentes da televisão utilizando eletrodos colocados dentro do aparelho de televisão ou bobinas magnéticas colocadas fora do set. Por exemplo, podem ser circuitos particulares estimulados com padrões específicos de informações e padrões replicáveis podem ser observados na tela da TV.

3. Evidências de Ablação - Engenheiros elétricos podem remover vários componentes da televisão (ou áreas podem ser danificadas ou ficarem desgastadas). Por exemplo, se componentes chave forem removidos as imagens visuais no ecrã desaparecerão.

No entanto, gerar esses três tipos de evidência implicam que a fonte ou origem dos sinais de TV estão dentro do aparelho de televisão - isto é, que a televisão criou os sinais? A resposta é obviamente não.

Deve ficar claro como esta lógica básica - como aplicada a receptores de televisão - pode igualmente ser aplicada a receptores da rede neural (cérebro). Os três tipos de evidência (correlação, estimulação e ablação) só permitem-nos concluir que os aparelhos de televisão - bem como cérebros - desempenham algum papel na experiência visual. A verdade é que os três tipos de evidência, por si, não nos dizem se os aparelhos de televisão, ou cérebros:

(1) "auto-criam" a informação internamente - o pressuposto materialista, ou (2) funcionam como receptores de informações externas complexas - que permitem tanto a sobrevivência da consciência após a morte como uma realidade espiritual maior.

Em outras palavras, os três tipos de evidência, por si só, não falam como (e não nos permitem determinar) se os sinais - os campos de informação – são:

(1) vêm do interior do sistema (a interpretação material aplicada ao cérebro), ou (2) vêm do exterior do sistema (a interpretação aplicada habitualmente aos televisores).

Segue-se que os tipos de experiências adicionais são requeridas para distinguir entre a hipóteses de "Auto-criação" versus "receptor".

Experiências sobre a hipótese SOC (Sobrevivência da Consciência) com médiuns de pesquisa especializados proporcionam um importante quarto tipo de provas que podem não ser previstas nem explicadas pela hipótese da auto-criação (I.e. materialismo), mas podem ser previstas e explicadas pela hipótese do receptor (Schwartz; 2002; 2005; 2011).

Deve-se notar que, na física, campos eletromagnéticos externos não são rotulados como sendo "materiais" per si. Estes campos não têm massa (por exemplo, eles não têm de peso) e são invisíveis; eles são descritos por um conjunto de equações que caracterizam uma ainda inexplicada propriedade do "vácuo" do espaço (que pode estar vazio de "massa", mas é, na verdade, cheio de energia e informação).”

"[...] Curiosamente, a hipótese de que o cérebro pode servir como um receptor (bem como um transmissor), de informação e energia para a consciência, tem uma história ilustre. A hipótese do cérebro como receptor foi levada a sério por William James, o fundador da psicologia americana, Wilder Penfield, um distinto neurocirurgião canadense que mapeou a consciência e o cérebro, e Sir John Eccles, um neurofisiologista britânico que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina por descobertas envolvendo o neurônio. A tese destes luminares pode estar correta (Van Lommel, 2010)."

      O artigo do Dr. Pin Van Lommel:

[…] Durante décadas, uma extensa pesquisa foi feita para localizar a consciência e as memórias dentro do cérebro, até agora sem sucesso. Em conexão com a suposição não provada de que a consciência e as memórias são produzidas e armazenadas no interior do cérebro, devemos perguntar-nos como uma atividade não-material, tais como atenção concentrada ou pensamento pode corresponder a uma (material) reação observável na forma de eletricidade mensurável, e atividade química magnética em um determinado lugar no cérebro23-25, mesmo um aumento do fluxo sanguíneo cerebral é observado durante uma atividade tão imaterial como o pensamento26. Estudos neurofisiológicos têm mostrado essas atividades através de EEG, magnetoencefalografia (MEG), ressonância magnética (MRI) e tomografia por emissão de pósitrons (PET). As áreas específicas do cérebro têm sido mostrados por tornar-se metabolicamente ativas em resposta a um pensamento ou sentimento. No entanto, esses estudos, apesar de fornecer evidências para o papel das redes neuronais como um intermediário para a manifestação de pensamentos, não implica necessariamente que essas células também produzem os pensamentos. A evidência direta de como os neurônios ou redes neuronais poderiam produzir a essência subjetiva da mente e pensamentos, por enquanto, não existe.”

[...] Alguns pesquisadores tentam criar inteligência artificial pela tecnologia do computador, esperando simular programas evocando consciência. Mas Roger Penrose, um físico quântico, argumenta que "os cálculos algorítmicos não pode simular o raciocínio matemático. O cérebro, como um sistema fechado capaz de cálculos internos e consistentes, é insuficiente para provocar a consciência humana.36" Penrose oferece uma hipótese mecânica quântica para explicar a relação entre a consciência e o cérebro. E Simon Berkovitch, professor em Ciência da Computação da Universidade George Washington, calculou que o cérebro tem uma capacidade absolutamente inadequada para produzir e armazenar todos os processos informacionais de todas as nossas memórias com pensamentos associativos. Nós precisaríamos de 1.024 operações por segundo, o que é absolutamente impossível para os nossos neurônios37. Herms Romijn, neurobiólogo holandês, chega à mesma conclusão30. Deve-se concluir que o cérebro não tem a capacidade de computação suficiente para armazenar todas as memórias com pensamentos associativos da vida de alguém, não tem capacidade de recuperação suficiente, e não parece ser capaz de provocar a consciência.”

      O site da revista época publicou, em 19 de Novembro do ano passado, uma reportagem que relata a experiência de vários cientistas com médiuns, durante a realização da psicografia (quando o Espírito escreve através do médium). Os resultados surpreenderam os cientistas. Abaixo, transcrevemos parte da reportagem:

Durante dez dias, dez médiuns brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe de cientistas do Brasil e dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para investigar a controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns psicógrafos, pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens escritas ditadas por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados. Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada de um grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes com o mundo invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?

A produção de exames de neuroimagem (conhecidos como tomografia por emissão de pósitrons) com médiuns psicógrafos em transe é uma experiência pioneira no mundo. Os cientistas Julio Peres, Alexander Moreira-Almeida, Leonardo Caixeta, Frederico Leão e Andrew Newberg, responsáveis pela pesquisa, garantiam o uso de critérios rigorosamente científicos. Punham em jogo o peso e o aval de suas instituições. Eles pertencem às faculdades de medicina da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia. Principal autor do estudo, o psicólogo clínico e neurocientista Julio Peres, pesquisador do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, acalentava a ideia de que a experiência espiritual pudesse ser estudada por meio da neuroimagem.

Numa sala com aviso de perigo, alta radiação, começaram os exames. Por meio do método conhecido pela sigla Spect (Single Photon Emission Computed Tomography, ou Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do cérebro por meio do fluxo sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da psicografia. Como tarefa de controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente, desta vez durante a escrita de um texto original de própria autoria do médium, uma redação sem transe e sem a “cola espiritual”. Os autores do estudo partiam da seguinte hipótese: uma vez que tanto a psicografia como as outras escritas dos médiuns são textos planejados e inteligíveis, as áreas do cérebro associadas à criatividade e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas duas condições. Mas não foi o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas atividades foi comparado, os resultados causaram espanto.”

Surpreendentemente, durante a psicografia os cérebros ativaram menos as áreas relacionadas ao planejamento e à criatividade, embora tenham sido produzidos textos mais complexos do que aqueles escritos sem “interferência espiritual”. Para os cientistas, isso seria compatível com a hipótese que os médiuns defendem: a autoria das psicografias não seria deles, mas dos espíritos comunicantes. Os médiuns mais experientes tiveram menor atividade cerebral durante a psicografia, quando comparada à escrita dos outros textos. Isso ocorreu apesar de a estrutura narrativa ser mais complexa nas psicografias que nos outros textos, no que diz respeito a questões gramaticais, como o uso de sujeito, verbo, predicado, capacidade de produzir texto legível, compreensível etc.”

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

http://www.drgaryschwartz.com/files/QuickSiteImages/GES_Consciousness_and_Spirit_OXFORD_Handbook_11_25_10_pdf.pdf








quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

AS FORTÍSSIMAS EVIDÊNCIAS DA VIDA APÓS A MORTE NAS EXPERIÊNCIAS DO DR.GARY SCHWARTZ


Fonte da imagem: http://fems.org.br/Registro.aspx?id=20150619093152&Tipo=eventos

Fábio José Lourenço Bezerra
       Abaixo transcrevemos, em tradução livre, parte de um excelente artigo do Dr. Gary Schwartz, postado em seu site (www.drgaryschwartz.com), onde ele revisita algumas de suas pesquisas com médiuns, publicadas em seu livro The Sacred Promise (No Brasil foi publicado com o título A Grande Aliança). São pesquisas recentes, que nos trazem, em seu conjunto, fortíssimas evidências da vida após a morte. No artigo ele também argumenta, brilhantemente, a favor de uma mudança de paradigma na ciência convencional, de Materialista para Pós-Materialista, onde ela considerará seriamente a espiritualidade.Vejamos:



[...] Introdução
O amplo título deste capítulo - Consciência, Espiritualidade e Ciência Pós-Materialista: uma abordagem empírica e experimental - foi sugerido pelos editores. Ele fornece uma oportunidade única para o autor e os leitores explorarem a relação entre pesquisa empírica e teoria da consciência e espiritualidade e integrá-los com as experiências da vida real.
A consciência é inerentemente um processo experiencial (Tart, 2009); ela só é testemunhada diretamente pela pessoa que tem experiências. O mesmo se aplica à espiritualidade (Walsh, 2000).
Se nós definimos espiritualidade como (1) um conjunto de opiniões pessoais sobre o significado da vida e /ou fazer parte de algo maior, (2) experiências de transcendência e / ou sensação de um senso de unidade com tudo, ou (3) crenças sobre a existência efetiva de um realidade espiritual maior, incluindo espíritos, vida após a morte, reencarnação, anjos e guias, e / ou algum tipo de inteligência onipresente e onipotente, todos eles envolvem processos conscientes.
O escopo deste capítulo, tal como proposto pelo título, convida-nos a examinar pesquisas contemporâneas da consciência que se referem à espiritualidade e ciência pós-materialista, tanto do ponto de vista empírico como do experimental. Acontece que a vanguarda da investigação da ciência da consciência aponta fortemente para a possibilidade de que (3) algum tipo de realidade espiritual maior realmente existe (Tart, 2009; Schwartz, 2011). À luz desta possibilidade, a emergente pesquisa de prova-de-conceito tem profundas implicações potenciais para o campo da psicologia como um todo. Ela também tem potenciais implicações significativas e aplicações para praticamente todos os aspectos da vida humana. Este capítulo integra a pesquisa do estado-de-arte de prova de conceito e teoria sobre consciência e ciência pós-materialista que se referem à existência de uma realidade espiritual maior, com exemplos de aplicações na vida real.
O capítulo centra-se na pesquisa de "prova de conceito", principalmente porque grande parte da pesquisa está em seus estágios iniciais. Dada a natureza do tema - ou seja, a possível existência de uma realidade espiritual maior e sua relação com a consciência - a pesquisa é inerentemente controversa, pelo menos, como vista pela psicologia e a neurociência convencionais, e a ciência convencional em geral. No entanto, a reunião dos resultados das pesquisas de prova de conceito, quando consideradas como um todo, não só demonstram a viabilidade de se realizar em grande escala pesquisas sistemáticas nesta área, mas ilustra a promessa desta pesquisa de aumentar nossa compreensão da natureza humana (e da natureza em geral), bem como evoluir o nosso comportamento como espécie.
O capítulo começa com o fundamento do problema "mente-cérebro" - é a consciência um subproduto da função cerebral, ou é separada do cérebro? Ele ilustra como integrar as teorias da eletrônica e da engenharia elétrica, combinadas com o estado de arte da investigação empírica da hipótese da sobrevivência da consciência após a morte (SOC), apontando para a possibilidade séria de que a consciência, como um processo em última análise, está separada do cérebro.
Está incluída uma discussão sobre o desafio de determinar se a consciência tem intencionalidade e se a pesquisa prova que a intencionalidade é observada depois da vida. A questão teórica da existência potencial do "espírito" e da "alma" é examinada à luz dos paralelos envolvendo energia e informações.
O capítulo seguinte examina a possibilidade das pessoas poderem intuitivamente receber informações do "espírito" que são potencialmente precisas, bem como úteis em situações da vida real.”
[...] Materialismo e o Problema mente-cérebro
A psicologia, a neurociência e a ciência convencional em geral, normalmente adotam uma visão materialista da natureza e do universo. O materialismo é a crença de que (1) o que é real é matéria física, que (2) só existe matéria, e que (3) tudo o que acontece na natureza e no universo pode ser compreendido e explicado em termos materialistas (Tart, 2009). Na psicologia, essa crença é expressa em termos da relação da mente e do cérebro; a consciência é assumida como sendo um subproduto ou "epifenômeno" da função cerebral (por exemplo, uma propriedade emergente das redes neurais).
Note-se que uma interpretação materialista da relação mente-cérebro impede a possibilidade de uma realidade espiritual maior / não-material poder, em princípio, existir.
Não há dúvida de que, historicamente, a adoção de uma perspectiva materialista ajudou a ciência a romper com restrições e preconceitos (incluindo censura) de várias instituições religiosas. Além disso, os métodos científicos com base na filosofia materialista têm sido muito bem sucedidos, não só aumentando a nossa compreensão da natureza e do universo, mas na obtenção de maior controle e liberdade através dos avanços tecnológicos. Isto torna compreensível o porquê de o materialismo ter se tornado o pressuposto cardinal da ciência tradicional.
Não surpreendentemente, quando o pressuposto do materialismo é questionado hoje, tipicamente evoca a confusão, a crítica, se não consternação por cientistas convencionais. A história do materialismo foi totalmente revista, e seriamente desafiada, no visionário e controverso livro de Tart (2009) O Fim do Materialismo. Um pesquisador distinto nas fronteiras da ciência da consciência, os comentários de Tart, que ele chama de as "5 grandes áreas" da pesquisa da consciência "anômala" - muitas vezes rotulada como parapsicologia - que juntas questionam a base de uma perspectiva materialista simples. As cinco áreas são:
(1) Precognição, a capacidade de prever o futuro. A informação, por vezes, vem como uma visão, um flash mental, ou um sonho:
(2) A telepatia, muitas vezes chamada de leitura da mente ou comunicação de mente para mente. Literalmente, significa "sentimento distante."
(3) A clarividência, a capacidade de perceber lugares remotos, objetos ou pessoas. Na ciência é normalmente referida como "visão remota".
(4) Psicocinese, "PK" para resumir, a capacidade de mover objetos apenas com o poder da mente, e.
(5) Curas, práticas espirituais (muitas vezes sinônimo de energia), que podem proporcionar gradual alívio da dor ou de doenças, e às vezes pode levar a uma súbita cura "milagrosa".
Este espaço impede a revisão do corpo substancial das pesquisas replicadas em cada uma das cinco áreas que, juntas, justificam fortemente a conclusão arrebatadora de Tart. O que é importante reconhecer aqui é que um grande número de pesquisas, metodologicamente sólidas, existem nestas cinco áreas separadas, esse desafio convincente à conclusão de que a consciência pode ser explicada apenas como um subproduto dos processos cerebrais.
Uma sexta área de investigação - a possibilidade de sobrevivência da consciência (SOC) depois morte física (Braude, 2003; Fontana, 2005; van Lommel, 2009; Schwartz, 2002; 2005; 2011) - é emergente que potencialmente fornece "prova" de que o materialismo é um erro, e que um tipo de um paradigma pós-materialista é necessário. A palavra "prova" é usada aqui intencionalmente, porque se as conclusões destas investigações emergentes são válidas - a palavra se é importante aqui - então uma previsão da premissa central do materialismo terá sido eficazmente refutada.
A lógica é a seguinte: se o cérebro é o único responsável pela existência da consciência, então quando o cérebro morre, a consciência deve morrer. Não há se, e, ou mas nesta lógica; este é um elemento essencial, mesmo absoluto, da previsão do materialismo. Segue que se a pesquisa empírica SOC documenta que a consciência continua após a morte física, a interpretação materialista seria refutada de forma retumbante.
Antes de rever a investigação SOC contemporânea, é útil examinar como a psicologia e a neurociência rotineiramente chegam à conclusão de que a consciência é criada pelo cérebro, seguida pela lógica convincente que explica claramente como o que foi assumido como real, na verdade (e, finalmente, fatalmente), é falho.
Será que a Consciência Exige um cérebro?
Existem três tipos de evidências experimentais que, em conjunto, parecem apontar para a conclusão de que a consciência é criada pelo cérebro. A palavra "parecer" é enfatizada aqui porque o exame cuidadoso da totalidade das provas, quando vistas a partir da perspectiva da eletrônica e da engenharia elétrica, revela como a evidência da explicação de que a mente é separada do cérebro, de fato, é tão consistente quanto a explicação de que a mente é criada pelo cérebro. Infelizmente, não é muito apreciado pelos cientistas convencionais que as três abordagens experimentais utilizadas para investigar as relações mente-cérebro, por si, não exigem uma conclusão materialista - e elas são totalmente consistentes com uma explicação não materialista (Pós-materialista).
Os três tipos de evidência são:
1. A prova de gravações - Os Neurocientistas registram ondas cerebrais (EEG), utilizando dispositivos eletrônicos sensíveis. Por exemplo, é bem conhecido que a ondas alfa occipitais diminuem quando as pessoas vêem objetos ou os imaginam.
2. A prova de estimulação - Várias áreas do cérebro podem ser estimuladas utilizando eletrodos colocados dentro da cabeça ou bobinas magnéticas colocadas fora da cabeça. Por exemplo, a estimulação do córtex occipital é tipicamente associada com as pessoas experimentando sensações visuais e imagens.
3. Evidências de Ablação - Várias áreas do cérebro podem ser removidas com técnicas cirúrgicas (ou áreas podem ser danificadas devido a lesões ou doenças). Por exemplo, quando são áreas do córtex occipital as pessoas e animais inferiores perdem aspectos da visão.
A geralmente aceita - e, aparentemente, senso comum - interpretação da neurociência para este conjunto de resultados é que a experiência visual é criada pelo cérebro.
No entanto, a questão crítica é: esta explicação de criação da consciência é a única interpretação possível para esse conjunto de resultados? A resposta é, na verdade, não. Os três tipos de evidência também são consistentes com o cérebro como sendo um receptor das informações externas da consciência (Schwartz, 2002; 2005; 2011).
O raciocínio é simples e é ilustrado em eletrônica e engenharia elétrica. Embora seja raro discutir-se um exemplo de eletrônica no contexto de uma monografia de psicologia (especialmente uma voltada para a religião e a espiritualidade), acaba por ser prudente e produtivo fazer isso aqui.
Considere a televisão (seja ela analógica ou digital). É bem conhecido - e geralmente aceito - o trabalho dos televisores como receptores para o processamento de informação transportada por campos eletromagnéticos externos que oscilam em bandas de frequências específicas. Aparelhos receptores de televisão não criam a informação visual (isto é, eles não são a fonte das informações) - eles detectam as informações, as amplificam, as processam e as exibem.
Aparentemente, não é geralmente apreciado que os engenheiros elétricos realizam os mesmos três tipos de experimentos como os neurocientistas fazem. O paralelo entre o cérebro e a TV é essencialmente perfeito.
1. A prova de gravações - engenheiros elétricos podem monitorar sinais dentro do aparelho de televisão usando dispositivos eletrônicos sensíveis. Por exemplo, os eletrodos podem ser colocados em determinados componentes em circuitos que se correlacionam com as imagens visuais vistas na tela.
2. A prova da Estimulação - Engenheiros elétricos podem estimular diferentes componentes da televisão utilizando eletrodos colocados dentro do aparelho de televisão ou bobinas magnéticas colocadas fora do set. Por exemplo, podem ser circuitos particulares estimulados com padrões específicos de informações e padrões replicáveis podem ser observados na tela da TV.
3. Evidências de Ablação - Engenheiros elétricos podem remover vários componentes da televisão (ou áreas podem ser danificadas ou ficarem desgastadas). Por exemplo, se componentes chave forem removidos as imagens visuais no ecrã desaparecerão.
No entanto, gerar esses três tipos de evidência implicam que a fonte ou origem dos sinais de TV estão dentro do aparelho de televisão - isto é, que a televisão criou os sinais? A resposta é obviamente não.
Deve ficar claro como esta lógica básica - como aplicada a receptores de televisão - pode igualmente ser aplicada a receptores da rede neural (cérebro). Os três tipos de evidência (correlação, estimulação e ablação) só permitem-nos concluir que os aparelhos de televisão - bem como cérebros - desempenham algum papel na experiência visual. A verdade é que os três tipos de evidência, por si, não nos dizem se os aparelhos de televisão, ou cérebros:
(1) "auto-criam" a informação internamente - o pressuposto materialista, ou (2) funcionam como receptores de informações externas complexas - que permitem tanto a sobrevivência da consciência após a morte como uma realidade espiritual maior.
Em outras palavras, os três tipos de evidência, por si só, não falam como (e não nos permitem determinar) se os sinais - os campos de informação - são:
(1) vêm do interior do sistema (a interpretação material aplicada ao cérebro), ou (2) vêm do exterior do sistema (a interpretação aplicada habitualmente aos televisores).
Segue-se que os tipos de experiências adicionais são requeridas para distinguir entre a hipóteses de "Auto-criação" versus "receptor".
Experiências sobre a hipótese SOC com médiuns de pesquisa especializados proporcionam um importante quarto tipo de provas que podem não ser previstas nem explicadas pela hipótese da auto-criação (I.e. materialismo), mas podem ser previstas e explicadas pela hipótese do receptor (Schwartz; 2002; 2005; 2011).
Deve-se notar que, na física, campos eletromagnéticos externos não são rotulados como sendo "materiais" per si. Estes campos não têm massa (por exemplo, eles não têm de peso) e são invisíveis; eles são descritos por um conjunto de equações que caracterizam uma ainda inexplicada propriedade do "vácuo" do espaço (que pode estar vazio de "massa", mas é, na verdade, cheio de energia e informação).
As experiências contemporâneas sobre SOC
A hipótese SOC tem sido investigadas há mais de cem anos. O livro de Gauld (1984) , Mediunidade e sobrevivência: Um século de investigações, fornece uma revisão abrangente da pesquisa até o início dos anos 80.
Embora grande parte desta pesquisa ter sido realizada na Inglaterra, a pesquisa influente foi realizada nos EUA, mais notavelmente por William James, o pai da psicologia experimental.
James investigou um certo número de médiuns - indivíduos que supostamente recebem informações de indivíduos falecidos - especialmente a Sra. Piper (ver Gauld, 1984; Blum, 2007). (Ver o Texto Ilustres Sábios Estudaram a Maior Médium dos EUA e Concluíram: Existe Vida Após a Morte, neste blog).
Pesquisas contemporâneas têm sido conduzidas no Laboratório de Avanços na Consciência e Saúde (formalmente o Laboratório de Sistemas de Energia Humanos) na Universidade do Arizona (revisto em Schwartz, 2002; 2005; 2011).
Os desenhos experimentais iniciais foram principalmente de cegueira simples; o médium estava cego para a identidade dos assistentes (por exemplo, Schwartz et al, 2001, Schwartz e Russek, 2001; Schwartz et al, 2002). Alguns projetos de experimentos exploratórios foram duplo-cegos; não só o médium estava cego para a identidade dos assistentes, mas os assistentes estavam cegos para a identidade de suas consultas mediúnicas pessoais (Schwartz, 2002). Isto foi conseguido, não permitindo que os acompanhantes ouvissem as consultas quando ocorreram. Os assistentes, mais tarde, receberam as transcrições de suas consultas mediúnicas pessoais, bem como as consultas de outros, e eles cegamente avaliaram todas as informações.
Os modelos experimentais mais recentes foram o triplo cego; Por exemplo, o assistente de pesquisa que recebeu as transcrições das consultas mediúnicas, e interagiram com os assistentes, estavam cegos para quais consultas estavam associadas a seus respectivos acompanhantes (por exemplo Beischel e Schwartz, 2008) (Ver o texto “Novo Estudo Com Médiuns Obtém Fortíssimas Evidências da Sobrevivênciada Alma”, neste blog).
Todas as experiências (individuais, duplos, ou triplo cegos) eliminaram pistas visuais.
Dependendo do estudo, a médium e o acompanhante estavam na mesma sala, separados por uma tela, ou o médium e os assistentes estavam em locais separados, separados por centenas ou milhares de milhas de distância, e as leituras foram realizadas por telefone (e até mesmo e-mail).
Algumas experiências eliminaram sinais auditivos. Dependendo do estudo, o médium pode ter passado os primeiros dez minutos tentando receber qualquer informação que ele ou ela poderia obter sobre o sitter (pessoa que deseja receber informações de um falecido querido) no quarto, mas o médium não foi autorizado a fazer perguntas, e o sitter não estava autorizado a falar (denominado sitter em condição silenciosa), ou o médium realizou a leitura em sua própria casa e transmitiu a informação através da Internet, e o sitter, localizado em um estado diferente, não sabia quando a leitura tinha ocorrido.
Todas as informações - incluindo iniciais, nomes, fatos da história pessoal, descrições físicas e descrições pessoais - foram tipicamente avaliadas, item por item, usando uma escala de 7 pontos, de -3 (erro completo) a +3 (um sucesso completo). Em algumas experiências os assistentes avaliaram mais de mil itens.
Um grupo crescente de médiuns orientados para a pesquisa (n = 15), que (1) afirmaram ter elevados índices de sucesso em sua prática privada da mediunidade, (2) estavam interessados na ciência da mediunidade e tipicamente doavam seu tempo, e (3) reconheciam os riscos envolvidos (por exemplo, eles sabiam que, se fossem pegos trapaceando, eles seriam expostos), têm participado em apenas um experimento ou até oito experimentos. Um grupo maior de pesquisa com sitters treinados (total aproximado n = 50) que (1) apresentavam uma ou mais mortes significativas de pessoas queridas, (2) estavam interessados na hipótese SOC por motivos pessoais e / ou científicos e normalmente doaram seu tempo, e (3) concordaram em passar as muitas horas necessárias para avaliar as transcrições, por vezes, em condições sitter-cego, têm participado em apenas uma experiência ou até mesmo em quatro experimentos.
Este espaço é insuficiente para ser apresentada uma revisão detalhada destas experiências aqui (Schwartz revisto em 2002; 2005; 2011). Resumidamente, a precisão média (contando apenas três como remate, uma estimativa conservadora de precisão por experiência), variou de 40% a 80% para consultas mediúnicas reais, em comparação com 10% para 40% para consultas de controle. Os sitters têm variado muito em quão prontamente os médiuns obtêm informações sobre seus entes queridos falecidos; a faixa de leituras para os sitters é de zero por cento (muito raro, mas observado em algumas ocasiões) a cem por cento (também raro, mas observado em algumas ocasiões).
A totalidade dos experimentos efetivamente exclui as potenciais explicações psicológicas convencionais de (1) fraude, (2) técnicas de "leitura fria" usadas por falsos médiuns (Artistas psíquicos) para extrair informações de assistentes, (3) pistas visuais, auditivas e olfativas, (4) avaliação tendenciosa do sitter, (5) informações gerais, vagas (6) adivinhação estatística, e (7) efeitos do experimentador. A totalidade dos experimentos também controla essencialmente uma potencial explicação anômala (ou seja, paranormal) : a possibilidade de telepatia (ou leitura da mente) da mente do sitter para o médium.
Por exemplo, em numerosas experiências os médiuns da investigação obtiveram informações que o sitter não sabia, e que foram posteriormente confirmadas por parentes ou amigos que vivem a centenas ou milhares de milhas do sitter e do médium. E nos experimentos triplo cego, o experimentador (o "sitter" substituto) estava cego para as informações sobre o sitter; portanto, os médiuns não poderiam ter feito a leitura da mente do assistente substituto (pesquisador) para obter as informações precisas que receberam sobre os entes queridos falecidos do sitter.
Schwartz concluiu que quando os resultados são vistos em conjunto, a explicação mais simples e mais parcimoniosa dos dados (navalha de Ockham) - incluindo " avaliações motivadas pelo deslumbramento dos sitters”, partes extremamente específicas e únicas de informação que eram desconhecidas pelo sitter - é a hipótese SOC.
Os resultados de Schwartz et. al. foram replicados de forma independente na Escócia (Roy e Roberston, 2001, 2004), bem como por pesquisadores da Universidade de Virginia (Kelly et al, comunicação pessoal). No momento em que este capítulo foi escrito, uma complexa experiência de quintuplo-cego estava sendo realizada pela Dra. Beischel e seus colegas do Instituto Windbridge. (Ver o texto Estudo Com Médiuns é Repetido e Ampliado, Obtendo Novamente Fortíssimas Evidências da Sobrevivência da Alma, neste blog).
É a prova de evidência emergente de SOC?
Embora este conjunto de experiências apontem fortemente para algum tipo de mecanismo não convencional de recepção de informações pelos médiuns, não esclarecem a fonte da informação.
Vários autores têm escrito sobre possíveis explicações paranormais alternativas - às vezes chamadas de "super-psi" - que podem ser imaginadas para, possivelmente, explicar essas observações (Por exemplo Braude, 2003). A mais especulativa é a noção de que os médiuns de alguma forma recuperam informações sobre o falecido, que, presumivelmente, continua a existir no "Vácuo" do espaço - em física denominado o holograma quântico (também o campo de ponto zero). A implicação aqui é que, embora a informação continue a existir, é "informação morta."
Em outras palavras, a especulação presume que a informação não é "consciente" e, por conseguinte, não indica a presença de uma mente viva, consciente.
Schwartz (2002; 2005; 2008; 2011) assinalou que em astrofísica é assumido que os fótons de luz emitidos por estrelas distantes continuam a viajar no vácuo do espaço muito depois que uma dada estrela "morreu". A base da astrofísica baseia-se no pressuposto de que fótons no vácuo do espaço não perdem significativamente suas informações. Os padrões de luz das estrelas, como testemunhado em um céu escuro à noite, ou como gravado com as atuais câmeras CCD, com sensibilidade para pouca luz, presume-se que refletem a história precisa das estrelas através da luz que viajou por milhões ou bilhões de anos.
Está bem estabelecido que o corpo humano como um todo, e cada um dos órgãos individuais e as células, refletem e emitem padrões super-complexos de fótons que também viajam para o espaço e continuam a fazê-lo. Este fato tem sido documentado por satélites espiões super sensíveis no espaço, que podem não só ver os seres humanos sobre a terra, mas gravar outras frequências de emissões de fótons que identificam os indivíduos, incluindo frequências de infravermelho e ultravioleta da luz. Como a informação da luz da estrela, a informação fotônica refletida e emitida pelos sistemas biológicos se presume ser não-viva e não-consciente.
Curiosamente, as informações recebidas por médiuns de pesquisa não parecem ser "Mortas". Médiuns não descrevem o processo de receber as informações como se estivessem assistindo a um filme ou lendo um livro. Eles descrevem o processo de recuperação da informação como sendo dinâmico, interativo, muitas vezes surpreendente, e que por vezes até mesmo os confronta. Em outras palavras, a informação parece ser a comunicação com uma pessoa viva.
A informação aparece como se fosse "intencional". Vários autores descreveram casos em que a informação evidencia qualidades atraentes de intencionalidade (revisto em Gauld, 1984; Fontana, 2005); No entanto, nenhuma pesquisa de laboratório até à data examinou esta observação sistemática.
Schwartz e seus colegas começaram a examinar o caráter intencional aparente de comunicações SOC. Schwartz (2011) reviu um conjunto de exemplos de casos de força maior, alguns observados no contexto de experiências duplo-cego de laboratório, que fornecem significativas observações de prova de conceito que individual e coletivamente apoiam a hipótese de intencionalidade. A evidência combinada aponta para a experimental, bem como a natureza empírica deste trabalho.
Integrando abordagens experimentais e empíricas para SOC
Em um exemplo, Schwartz (2005) explica como, imediatamente após Susy Smith, famosa cientista laica e autora de trinta livros na área da parapsicologia e SOC ter morrido (por exemplo, Smith, 2000), a informação foi recebida por médiuns que continuaram durante meses. Schwartz veio a conhecer a Sra Smith bem antes de ela morrer. Embora as informações recebidas não pudessem ser explicadas por mecanismos psicológicos convencionais (por exemplo, fraude, preconceito avaliador, vazamento sensorial), a informação por si só não descartou possíveis explicações "super-psi".
Um médium de pesquisa em particular participou de investigações exploratórias pessoais com Schwartz (relatado em Schwartz, 2011). O médium realizou consultas à distância por e-mail, cinco dias por semana, durante mais de dez semanas; o médium vivia a mais de mil milhas de Tucson. O médium foi mantido cego para as atividades de Schwartz, incluindo a sua agenda de viagens. O médium evocou a Sra. Smith nas manhãs de segunda a sexta-feira e fez-lhe duas perguntas: (1) o que a Sra Smith testemunhou Schwartz fazendo nas últimas vinte e quatro horas, e (2) o que ela viu acontecer nas últimas vinte e quatro horas que pode ser memorável ou significativo para Schwartz.
A precisão das informações recebidas (avaliadas por Schwartz usando os procedimentos descritos anteriormente), foi em média cerca de 80 por cento. Embora a informação parecia ser uma comunicação natural, e que esta é uma condição necessária para inferir intencionalidade, não é por si só suficiente para estabelecer intencionalidade e Schwartz estava bem cientes deste fato.
Então, algo completamente inesperado aconteceu que provou ser cientificamente propício, bem como produtivo. Schwartz foi para a Costa Leste, para encontrar-se com uma mulher cuja irmã mais nova, uma cirurgiã, tinha morrido recentemente de câncer no cérebro. A irmã mais velha pediu a Schwartz para se encontrar com seus pais, sobreviventes do Holocausto, que foram lamentar a morte de sua filha mais nova.
No carro, a caminho da casa do pai, num sábado de manhã, a irmã falou como desejava ter feito uma boa consulta com um médium talentoso, que pudesse convencê-la que sua irmã mais nova estava bem e ainda com eles. Schwartz contou que, no carro, ele pensou sobre como ele tinha sorte por ter recebido mais de cinquenta leituras probatórias (isto é, precisas) com um médium via e-mail, e ele secretamente desejava que essa família tivesse uma experiência semelhante com um médium.
Na manhã seguinte, Schwartz recebeu um e-mail inesperado e surpreendente de uma médium. Ela pediu desculpas por enviar um e-mail para ele em um domingo, mas ela explicou que algo estranho tinha acontecido. Ela estava dirigindo na manhã de sábado, quando supostamente a Sra. Smith mostrou-se sem aviso prévio no carro, acompanhada de uma mulher falecida desconhecida, e Susy insistiu que a médium fizesse uma leitura sobre a mulher misteriosa. A médium afirmou que ela parou ao lado da estrada e, como supostamente solicitado, fez uma leitura com a mulher desconhecida. A médium escreveu com cuidado a informação; A Sra. Smith, em seguida, supostamente a instruíu a enviar e-mail com as informações para Schwartz, que presumivelmente saberia o que fazer com a informação.
Schwartz se perguntou: poderia a mulher desconhecida supostamente consultada pelo médium ser a irmã falecida ? Reunindo sua coragem, ele chamou a irmã mais velha. Ele explicou a estranha circunstâncias da leitura do e-mail inesperado e surpreendente, e perguntou se ela estaria disposta a avaliar a informação. Schwartz leu para ela a informação, item por item, pelo telefone. A pontuação levou cerca de uma hora. A precisão da leitura por e-mail era maior do que 80 por cento. Tanto a irmã e Schwartz foram movidos pela espontaneidade, o tempo e a precisão desta aparente leitura "iniciada pelo espírito".
O que realmente convenceu Schwartz de que essa pode ter sido uma verdadeira consulta mediúnica, foi a parte altamente específica e inovadora das informações sobre as águias. A médium alegou que a irmã falecida queria dizer à sua família que ela amava águias, e que as águias foram importantes na sua vida. Soluçando ao telefone, a irmã mais velha explicou: (1) sua irmã falecida tinha de fato as águias como um animal sagrado; (2) colecionava estátuas de águias, (3) que, em vez de suas cinzas serem colocadas sobre o serviço memorial, uma das estátuas de águia favoritas de sua irmã falecida foi exibida, e (4) a música "voar como uma águia" foi selecionada para ser tocada no serviço memorial. Para provar isso a Schwartz, a irmã mais velha depois o enviou uma fita de vídeo VHS do serviço para comprovar esses fatos.
Neste ponto Schwartz tinha testemunhado centenas de leituras de pesquisa, e ele sabia que em nenhum momento houve um médium que trouxesse espontaneamente informações sobre uma águia.
Além disso, ele percebeu que o que ele tinha acabado de testemunhar foi extraordinário - a possibilidade de uma pessoa morta poder, intencionalmente, trazer uma segunda pessoa falecida a um médium.
Além disso, neste caso, o médium não estava apenas cego para a identidade do segunda pessoa falecida “misteriosa”, mas também estava cego para a possibilidade de que isso poderia acontecer em primeiro lugar. Um jogo muito incomum e atraente de circunstâncias. Esta inspiradora observação inesperada inspirou a criação do que Schwartz chamou de "Duplo-falecido" paradigma de pesquisa. Ele ainda percebeu que experimentos duplo-cego poderiam ser concebidos utilizando este paradigma duplo-falecido de pesquisa "mediada por um espírito". Como descrito em Schwartz, (2011), colaborando com um segundo cientista na Costa Leste, eles realizaram uma experiência de prova-de-conceito exploratória pessoal, de dupla-localização duplo-falecido duplo-cego, e obtiveram resultados positivos promissores. (Ver o texto “Novo Estudo Com Médiuns Obtém Fortíssimas Evidências da Sobrevivênciada Alma”, neste blog).
Este espaço não permite a discussão das observações adicionais de prova de conceito (1) onde o defunto parece ter "vontade própria", bem como (2) várias maneiras em que a hipótese de intencionalidade do espírito pode ser operacionalizada e colocada em teste experimental (ver Schwartz, 2011). O que é importante reconhecer-se aqui é que, não só pode ser concebida tal pesquisa e conduzida, mas que um comportamento intencional do espírito semelhante pode ser observado e apreciado em situações na vida real (bem como no laboratório). Na verdade, Schwartz ilustra como paradigmas experimentais inovadores de prova de conceito estão sendo sugeridos por indivíduos falecidos sofisticados que, aparentemente, estão participando da investigação SOC atual.
Sobre os significados científicos das palavras "Espírito" e "Alma"
Quando o autor era um estudante de graduação na Universidade de Harvard na década de 1960, palavras como a consciência, pensamentos, sentimentos e mente eram geralmente consideradas como um tabu. Esta era a época da mudança emergente do behaviorismo para a psicologia cognitiva. As palavras com "C" (Cognição e Consciência) eram percebidas como sendo controversas (se não ilusórias) e muitas vezes denegridas, quando não eram excluídas.
No entanto, até o final de 1990, o zeitgeist tinha mudado radicalmente. A Psicologia cognitiva, neurociência cognitiva e terapia comportamental cognitiva estavam bem estabelecidas em universidades de todo o mundo. Além disso, um crescente conjunto de universidades, como a Universidade do Arizona, estavam criando Centros de Estudos da Consciência; e o tema da consciência já estava no caminho de se tornar tradicional.
Enquanto isso, durante o mesmo período de tempo, palavras como "espírito" e "alma" eram geralmente consideradas tabus. Mesmo em 2010 (o ano em que este capítulo foi escrito), apesar do aumento das investigações sobre a psicologia da religião e espiritualidade, palavras como espírito e alma geralmente são desaprovadas (e palavras como anjos e guias geralmente chegam a evocar reações negativas mais fortes).
Se (1) o materialismo é uma descrição incompleta da natureza e do universo, e se (2) conceitos "não físicos" como a energia (incluindo campos) e informações são necessárias para um mais completo e fiel retrato da natureza e do universo, então (3) é útil considerar como os termos espirituais "espírito" e "alma" podem estar relacionados com os conceitos científicos de "Energia" e "informação".
Schwartz (1997) propôs que os conceitos de espírito e alma têm um curioso e potencialmente fundamental paralelo com os conceitos de energia e informação.
Na física, a energia refere-se à capacidade de fazer trabalho e superar a resistência. Energia reflete poder, força, vibração, vitalidade. Curiosamente o termo espírito é freqüentemente associado com vida, vitalidade, paixão, força, convicção. Note-se que, por definição, a existência da energia é inferida a partir dos seus efeitos na matéria (por exemplo, a força da gravidade é inferida a partir da observação de que os objetos caem na terra, ou que os planetas são observados girando em torno de estrelas); a existência do espírito também é inferida por seus efeitos. Compare os termos espírito e energia e verá que ambos compartilham um sentido implícito (ou seja, inferido) da capacidade de agir e ter efeitos sobre as coisas.
Na física, a informação refere-se a padrões, formas, as sequências não-aleatórias, estrutura e complexidade. Curiosamente, a palavra alma é frequentemente associada com a pessoa, a identidade, a essência que descreve algo sobre a pessoa, e a memória.
Estimulado pelos aparentes paralelos de (1) espírito e energia, e (2) alma com informações, Schwartz (1997) escreveu um poema espiritual baseado na ciência que expressa esses paralelos. As primeiras estrofes deste poema espiritual baseado na ciência introduz o centro dos paralelos; as estrofes estão incluídas nas notas deste capítulo para honrar o lado experimental da consciência e da espiritualidade.
Embora descrever uma distinção entre energia e informação e entre espírito e alma seja útil heurística e potencialmente, teoricamente, cientistas e leigos normalmente usam espírito e alma como sinônimos. Em sintonia com o tema geral de consciência e espiritualidade neste capítulo, o termo espírito está sendo usado amplamente aqui para se referir a (1) mentes dos seres falecidos em potencial, bem como (2) seres supostamente vivendo em um nível superior (por exemplo, anjos hipotéticos, guias e a Fonte).
O autor entende que alguns leitores podem experimentar as palavras "espírito" e "alma" de forma negativa, uma resposta não muito diferente de sua reação a ostras. Resumidamente, o autor nunca desenvolveu um gosto por ostras. Muito pelo contrário, para ele ostras têm um aspecto viscoso e grudento, e elas o fazem querer vomitar. No entanto, assim como o autor considera que é significativamente mais fácil escrever sobre ostras do que realmente comê-las, ele está convidando o leitor a apenas pensar sobre os conceitos do espírito e da alma - e não necessariamente engoli-los.”



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